x

ALÍQUOTAS REFORMA

Imposto Seletivo: governo decide adiar projeto das alíquotas do “Imposto do Pecado” e texto ficará para 2026

Governo adia envio do projeto de lei com alíquotas do Imposto Seletivo para 2026 por falta de consenso e impacto na calibragem da carga tributária.

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Imposto Seletivo: governo decide adiar projeto das alíquotas para 2026

Imposto Seletivo: governo decide adiar projeto das alíquotas do “Imposto do Pecado” e texto ficará para 2026

O governo federal decidiu adiar para 2026 o envio do Projeto de Lei (PL) que estabelecerá as alíquotas do Imposto Seletivo (IS), apelidado como Imposto do Pecado, tributo previsto na reforma tributária que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e açucaradas, veículos e bens minerais.

Havia expectativa de que a proposta fosse enviada ainda em 2025, com tramitação iniciada no Congresso antes do recesso legislativo. No entanto, a equipe econômica entendeu que, sem a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024 — que trata da segunda fase de regulamentação da reforma tributária —, o avanço do Imposto Seletivo seria precipitado.

Falta de regulamentação trava definição das alíquotas

Segundo técnicos do Ministério da Fazenda, a proposta será encaminhada no início dos trabalhos legislativos de 2026, com objetivo de aprovação até o meio do ano, antes do esvaziamento do Congresso por conta das eleições municipais.

O PL das alíquotas do Imposto Seletivo é considerado peça-chave para definir o potencial arrecadatório da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que também entrará em vigor em 2027. Sem os parâmetros do Seletivo, não é possível calibrar adequadamente a carga tributária total — um dos pilares da reforma tributária do consumo.

Setores afetados e teto já definido para alguns produtos

De acordo com a Lei Complementar nº 214/2025, o Imposto Seletivo será aplicado sobre:

  1. Produtos fumígenos (como cigarros e charutos);
  2. Bebidas alcoólicas;
  3. Bebidas açucaradas (como refrigerantes);
  4. Veículos;
  5. Bens minerais;
  6. Concursos de prognósticos e fantasy sport (bets);
  7. Embarcações e aeronaves.

Embora o projeto de lei ainda não tenha sido apresentado, o Senado já incluiu tetos máximos para algumas alíquotas no PLP 108/2024. Bebidas açucaradas, por exemplo, poderão ser tributadas em no máximo 2%, e bens minerais terão teto de 0,25%.

A decisão do governo de postergar o envio do projeto de lei das alíquotas reflete a complexidade política e técnica envolvida na implementação do Imposto Seletivo. O tema é sensível por atingir setores específicos e demandar equilíbrio com a arrecadação da CBS.

Para os profissionais contábeis, é essencial acompanhar a tramitação do PLP 108/2024 e se preparar para o debate das alíquotas no primeiro semestre de 2026, já que o impacto direto nos preços, margens e estratégias fiscais será inevitável.


Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.

Utilizamos cookies para ajudar a melhorar a sua experiência de utilização. Ao utilizar o website, você confirma que aceita a sua utilização. Conheça a nossa política de utilização de cookies

1999 - 2025 Contábeis ® - Todos os direitos reservados. Política de privacidade