A Cloudflare voltou a registrar uma falha de infraestrutura na última sexta-feira (5), provocando instabilidade em sites e serviços no mundo inteiro. A empresa informou que enfrentou uma “degradação interna de serviços” a partir de uma manutenção no data center localizado em Detroit, nos Estados Unidos, o que resultou em quedas, mensagens de erro e lentidão no acesso à internet para milhões de usuários.
De acordo com a companhia, os serviços começaram a ser retomados de forma gradual, mas a Cloudflare admitiu que usuários ainda podem perceber aumento de latência e instabilidade em algumas regiões durante o período de manutenção e redirecionamento de tráfego.
Esta é a segunda falha consecutiva registrada pela empresa em poucos dias: o primeiro episódio ocorreu em 18 de novembro, também com impacto relevante sobre o funcionamento de serviços que dependem da infraestrutura da Cloudflare.
Segunda ocorrência em poucos dias preocupa o mercado digital
A nova instabilidade da Cloudflare reacende o alerta sobre a dependência de grandes plataformas de infraestrutura concentrada em poucos provedores. Segundo a empresa, a falha recente se soma ao incidente ocorrido em 18 de novembro, caracterizando duas ocorrências próximas no tempo.
No episódio mais recente, a Cloudflare confirmou publicamente que passava por uma “degradação interna de serviços”, expressão usada pela companhia para indicar que sua própria infraestrutura não estava operando normalmente. A partir desse problema interno, o efeito se espalhou por diferentes camadas da internet, tirando do ar serviços de grande porte.
A recorrência em curto intervalo de tempo chama a atenção de usuários, empresas e desenvolvedores que utilizam a rede da Cloudflare para fornecer conteúdos, aplicações e serviços em escala global.
Grandes plataformas saem do ar e exibem erro 500
Logo nas primeiras horas da falha usuários começaram a relatar dificuldades de acesso a diversos sites. Em muitos casos, a navegação resultava na mensagem “500 erro interno do servidor” em páginas amplamente utilizadas ao redor do mundo.
Entre os serviços afetados, estão plataformas de grande visibilidade, como LinkedIn, Substack e o jogo online Fortnite. Em comum, essas aplicações têm o uso da infraestrutura da Cloudflare para distribuição de conteúdo e proteção de tráfego, o que fez com que o problema de rede se refletisse diretamente na experiência dos usuários.
Até mesmo o DownDetector, site conhecido por monitorar interrupções e falhas em serviços digitais, foi impactado. Usuários relataram que também encontraram a mensagem de erro ao tentar acessar a própria ferramenta utilizada para acompanhar quedas e instabilidades na internet.
Serviços começam a se estabilizar após degradação generalizada
Após o pico de instabilidade, a Cloudflare informou que os serviços de internet começaram a se estabilizar gradualmente. A degradação generalizada impactou aplicações de produtividade, redes sociais, serviços digitais e soluções em diferentes setores.
Plataformas como Canva, LinkedIn, Quillbot e Groww já foram restauradas, segundo os relatos compilados a partir do retorno de funcionamento desses serviços. O DownDetector também voltou a operar, permitindo novamente o monitoramento das interrupções em tempo real pelos usuários.
Mesmo com a normalização parcial, a Cloudflare mantém o aviso de que alguns usuários podem continuar percebendo lentidão ou oscilações pontuais devido ao redirecionamento de tráfego durante a manutenção em andamento.
Manutenção em data center de Detroit impacta latência e rotas
A página oficial de status da Cloudflare informou que uma manutenção programada estava em andamento no data center identificado como DTW, em Detroit, entre 09h00 e 13h00 (UTC). A empresa comunicou que, durante esse período, o tráfego seria redirecionado para outras rotas.
Esse redirecionamento pode provocar aumento de latência para usuários localizados na região atendida diretamente pelo data center de Detroit, já que o fluxo de dados passa a trafegar por caminhos alternativos. A própria Cloudflare reconheceu esse efeito ao descrever o impacto possível da manutenção.
Além disso, a companhia alertou que algumas interfaces de rede instaladas no data center de Detroit poderiam ficar temporariamente indisponíveis durante a janela de manutenção, o que exigiria o uso de rotas alternativas pelos clientes conectados.
Avisos da Cloudflare a clientes corporativos e de interconexão
Na mesma atualização de status, a Cloudflare emitiu um alerta específico para clientes que utilizam conexões de interconexão privada, como PNI (Private Network Interconnect) e CNI, indicando que deveriam esperar o uso de rotas alternativas em caso de falhas nas interfaces do data center de Detroit.
Essa comunicação direcionada reforça que a manutenção não afeta apenas o usuário final, mas também empresas e provedores que se conectam diretamente à infraestrutura da Cloudflare para troca de tráfego de dados. Para esse público, a expectativa é de ajustes temporários nas rotas e possíveis variações de desempenho enquanto a intervenção técnica estiver ativa.
A empresa informou ainda que novas atualizações sobre o andamento da manutenção e a recuperação completa dos serviços seriam divulgadas conforme o progresso das atividades no data center DTW.
Lentidão residual e monitoramento constante
Embora os serviços estejam em processo de normalização, a Cloudflare reconhece que os efeitos da falha e da manutenção podem ser sentidos por algum tempo. Usuários podem enfrentar períodos de acesso mais lento, especialmente em regiões cuja rota natural de tráfego passa pelo data center de Detroit.
A restauração do DownDetector e de outras plataformas afetadas permite que o público volte a acompanhar, em tempo quase real, qualquer nova oscilação relacionada à Cloudflare ou a outros grandes serviços de internet.
Com a retomada gradual, a tendência é que as aplicações voltem ao padrão usual de desempenho, desde que não ocorram novas degradações internas ou instabilidades em pontos críticos da infraestrutura.
Segunda falha reforça atenção sobre dependência de infraestrutura
A instabilidade registrada na sexta-feira (5), somada à falha anterior de 18 de novembro, coloca novamente a Cloudflare no centro do debate sobre resiliência de infraestrutura na internet. Em ambos os casos, problemas localizados — descritos como “degradação interna de serviços” e associados, no episódio mais recente, à manutenção no data center de Detroit — se refletiram em interrupções e erros em plataformas amplamente utilizadas.
Para usuários, empresas e desenvolvedores, os episódios reforçam a importância de acompanhar comunicados oficiais da Cloudflare, especialmente por meio da página de status, onde são divulgadas informações sobre manutenção, latência e rotas alternativas. Já para o ecossistema digital, os eventos mostram como falhas em provedores de infraestrutura podem ter impactos imediatos e de grande escala.
A Cloudflare, por sua vez, segue informando que os serviços continuam em processo de estabilização, com manutenção programada no data center DTW e redirecionamento de tráfego que ainda pode causar lentidão em algumas regiões, até a conclusão total das intervenções técnicas.













