As novas regras estabelecidas pelo BNDES incorporam o custo mais alto de captação de recursos e força a aplicação da Taxa de Juros do Tesouro Nacional, de 8,75% nas linhas de financiamento.
A fatia dos bancos públicos na oferta de crédito total tem crescido continuamente. Esta participação, que era de 34,2% em setembro, saltará para cerca de 40% nos próximos meses, avalia Bruno Rocha, da Tendências Consultoria Integrada.
Para Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp, a ação dos bancos é importante para atenuar a recessão interna. "O governo está minimizando a queda", afirma. "O aumento do crédito por parte do governo não está se traduzindo em alívio e barateamento do crédito total, que continua caro e apertado", pondera Almeida.
O Brasil pagará um preço alto com esta expansão, diz Joe Yoshino, professor da FEA-USP. O crescimento dos bancos estatais representa também o aumento do "poder de fogo para quem é menos habilitado para gerenciar crédito, que é o governo".
Fonte: Gazeta Mercantil
Enviado por: Wilson Fernando de Almeida Fortunato