Os anos 90 foram responsáveis pela saída de cena de grandes magazines e redes de eletrodomésticos que dominavam o mercado desde meados do século passado. Mappin, Mesbla, G. Aronson, Jumbo Eletro e Arapuã foram algumas delas.
Na maior parte dos casos, as empresas desapareceram depois de enfrentarem graves crises financeiras e processos trabalhistas, que culminaram em pedidos de falência. Foi o caso de Mappin, Mesbla, G. Aronson e Arapuã. A marca Jumbo Eletro, por outro lado, desapareceu depois que o Grupo Pão de Açúcar decidiu criar os hipermercados da rede Extra.
Bancos sumiram depois de serem comprados
Diversas instituições financeiras também foram extintas depois de serem incorporadas por concorrentes. Foi o que aconteceu com o Banco Real, comprado pelo Santander, e o Bamerindus, adquirido pelo HSBC. Instituições que foram privatizadas, como Banespa e Nossa Caixa, também acabaram sendo extintas.
No Brasil, o reposicionamento de algumas empresas multinacionais também levou ao fim de marcas regionais.
A Nestlé, por exemplo, decidiu acabar com a marca de sorvetes Yopa no começo dos anos 2000. A Colgate-Palmolive, ao adquirir a Kolynos, teve de deixar a marca de lado por cinco anos por determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Criou então o creme dental Sorriso. Mesmo quando ficou livre para colocar a Kolynos de volta no mercado, porém, não o fez.
Até hoje, a Kolynos é uma das marcas de pastas de dente mais lembradas pelos consumidores brasileiros, como mostra a pesquisa Folha Top of Mind 2012.
"Kolynos era um nome muito forte, mas a empresa queria fortalecer a Colgate", diz Júlio Moreira, professor de branding da pós-graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). "Em casos assim, muitas vezes, é melhor racionalizar do que manter duas marcas fortes da mesma empresa. Até porque manter várias marcas é uma estratégia cara", diz Moreira.
Para ele, essa é uma tendência que ainda terá força daqui para a frente. "As empresas tendem a se concentrar em marcas mais globais", opina.
Fonte: UOL Economia