Trabalhar duro, inovar, vestir a “camisa”, ser solícito, manter-se atualizado, etc. Essas são só algumas das variáveis – ou pelo menos deveriam ser – que integram o processo de avaliação para a tão esperada promoção.
Mas na prática, nem sempre é assim.
Muitas das vezes em empresas de menor porte, quando existe uma avaliação de desempenho, essa normalmente é cheia de leis próprias e interferências internas que impedem que seja uma avaliação justa. Em muitos casos nessas empresas o tempo de casa é fator chave para definir se um colaborador merece aquela promoção ou não.
Não que esse seja um fator a ser considerado, mas muitas dessas empresas esquecem que um profissional não se faz somente por tempo de casa.
“Mas qual o problema? Eu mereço ganhar mais ué!”
Claro, se você recebeu uma promoção obviamente teve seus méritos. Porém, a questão não é essa.
Como diria o Tio Ben: “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades!”.
O que isso quer dizer? Quer dizer que com um novo cargo, vem mais responsabilidades e novas competências.
Tá, tá, mas vamos para o que interessa! E aí, quanto você vale no mercado? Sim, é isso mesmo que você leu, quanto você vale?
Podemos ficar aqui o dia todo com papo furado, mas o que realmente importa para o trabalhador CLT é o valor de mercado.
E como podemos saber esse valor? É simples, bastar enviar seu currículo para algumas vagas – Obviamente, não estamos considerando currículos mal elaborados–.
Se você receber propostas no mínimo com o mesmo valor, OK, você está no jogo. Agora se você notar que com muita sorte recebeu apenas um retorno negativo, chegou à hora de começar de repensar sua carreira.
Será que você está realizando as funções corretas para o cargo? Essas funções batem com cargos equivalentes no mercado? As competências e conhecimentos necessários para esse cargo estão sendo desenvolvidas, ou seja, você aplica o que aprendeu? Aliás, você tem as competências e conhecimentos necessários para esse cargo?
Acredite você vai querer fazer isso enquanto está “por cima da carne seca”.
O know-how é importante sim e ninguém contrata mais só por certificações, mas também não contratam sem.
Bem-vindo à era do “eu acredito em você, mas deixa eu ver seu currículo e as referências”.
Como sempre digo, o mercado de um jeito ou de outro sempre te obriga ao desenvolvimento profissional por bem ou mal.
Por bem, você pesquisa, analisa o Job Description, as competências necessárias, busca atualizações, equipara suas competências e seu conhecimento com o seu cargo, em consequência recebe reconhecimento e ganha notoriedade no mercado de trabalho.
Por mal, continua na boa curtindo o cargo que “caiu no colo”, se gabando porque tem um ótimo emprego, torce para não ser desligado da empresa no primeiro corte e se isso acontecer corre desesperado e aceita o primeiro emprego que aparece mesmo que tenha que receber metade do salário que recebia antes. Se der sorte né?
A gestão de pessoas e suas a avaliações tem mostrado cada vez mais sua importância nos resultados das empresas e na carreira dos colaboradores. Ou seja, hoje em dia, quase nenhuma empresa compra “gato por lebre”.
O seu crescimento dentro da empresa deve estar atrelado ao desenvolvimento profissional e acadêmico. Isso certamente irá evitar surpresas em sua carreira.
Antes de ser avaliado, antecipe e faça uma autoavaliação. Teste seus limites. Esteja aberto a novos desafios. Troque experiências. E nunca, nunca, espere o mercado te cobrar. Busque conhecimento, esse é o único bem que ninguém consegue tirar de você.
Vou deixar aqui uma frase que ouvi de um colega de trabalho: “Conhecimento não é a empresa deve cobrar, é você quem deve buscar! ”
Acho que a ideia é essa mesmo. Antes de fazer por alguém, faça por você mesmo!