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Segurança de aplicativos e compliance: como garantir conformidade com a LGPD

Aprenda as melhores práticas para proteger dados e evitar riscos jurídicos.

14/04/2025 19:30

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Segurança de aplicativos e LGPD: como garantir conformidade

Segurança de aplicativos e compliance: como garantir conformidade com a LGPD

A crescente digitalização dos negócios impulsionou o desenvolvimento de aplicativos móveis e web, tornando-os essenciais para empresas e consumidores. No entanto, essa expansão também aumentou os riscos relacionados à proteção de dados e segurança cibernética, especialmente diante da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018).

As empresas que desenvolvem e operam aplicativos precisam garantir conformidade com a LGPD, evitando riscos jurídicos, vazamentos de informações e violações de privacidade. Mas como garantir que um aplicativo esteja seguro e em conformidade com a legislação?

Neste artigo, exploramos as melhores práticas de segurança para aplicativos, alinhadas às exigências da LGPD, garantindo proteção de dados e compliance digital.

Por que a segurança de aplicativos é essencial para a LGPD?

Os aplicativos coletam, armazenam e processam grande volume de dados pessoais, incluindo nomes, e-mails, localização, informações financeiras e até biometria. Com isso, eles se tornam alvos frequentes de ataques cibernéticos, como ransomware, vazamento de dados e engenharia social.

Riscos comuns em aplicativos que não seguem boas práticas de segurança:

  • ❌ Vazamento de dados sensíveis de usuários.
  • ❌ Uso indevido de informações pessoais por terceiros.
  • ❌ Falhas de autenticação e permissões indevidas.
  • ❌ Não atendimento aos direitos dos titulares previstos na LGPD.

Como garantir conformidade com a LGPD na segurança de aplicativos?

Para garantir segurança e conformidade com a LGPD, as empresas devem seguir diretrizes específicas, adotando boas práticas de desenvolvimento seguro e compliance digital.

  • Aplicação do princípio da Privacidade por Design (Privacy by Design)

✔ Desde a fase de concepção do aplicativo, a privacidade deve ser um fator central.✔ Reduzir ao máximo a coleta de dados, solicitando apenas informações essenciais para o funcionamento do serviço.✔ Implementar configurações de privacidade acessíveis ao usuário, permitindo o controle sobre seus dados.

Exemplo: Aplicativos devem permitir que usuários escolham quais dados compartilhar, como a ativação de geolocalização ou permissões de câmera.

  • Obtenção e gestão do consentimento

✔ Antes de coletar qualquer dado pessoal, os aplicativos devem obter o consentimento do usuário de forma clara e explícita.✔ Criar termos de uso e políticas de privacidade detalhadas, garantindo transparência sobre o tratamento de dados.✔ Permitir que o usuário revogue o consentimento a qualquer momento, com um mecanismo simples e acessível.

Dica: Evite caixas de seleção pré-marcadas para consentimento. O usuário deve optar ativamente por compartilhar seus dados.

  • Implementação de medidas de segurança cibernética

A LGPD exige que as empresas adotem medidas de segurança técnicas e organizacionais para proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e vazamentos.

Criptografia de dados em trânsito e em repouso: Protege informações armazenadas e transmitidas dentro do aplicativo.✔ Autenticação multifator (MFA): Reduz o risco de acessos indevidos a contas de usuários.✔ Proteção contra ataques cibernéticos (DDoS, SQL Injection, Cross-Site Scripting): Implementação de firewalls, IDS/IPS e mecanismos de detecção de fraudes.

Exemplo: Bancos digitais utilizam criptografia avançada e autenticação biométrica para garantir segurança máxima em seus aplicativos.

  • Atendimento aos direitos dos titulares de dados

A LGPD estabelece que os titulares de dados possuem direitos, incluindo:

✅ Acesso aos seus dados pessoais.✅ Retificação ou correção de informações.✅ Exclusão de dados (direito ao esquecimento).✅ Portabilidade para outro serviço.

  • Monitoramento e auditoria contínua de segurança

✔ Realizar testes de invasão regularmente para identificar vulnerabilidades antes que hackers as explorem.✔ Monitoramento contínuo para detectar atividades suspeitas e prevenir vazamentos de dados.✔ Atualizações frequentes para corrigir falhas de segurança e proteger o aplicativo contra novas ameaças.

  • Gerenciamento de cookies e tecnologias de rastreamento

✔ Aplicativos devem informar quais tipos de cookies e rastreadores são utilizados e para quais finalidades.✔ Permitir que os usuários gerenciem suas preferências e desativem cookies não essenciais.✔ Atender às exigências do Regulamento Europeu GDPR se houver usuários internacionais.

  • Compliance com a LGPD e nomeação de um encarregado de proteção de dados (DPO)

✔ Empresas responsáveis por aplicativos que tratam grandes volumes de dados devem nomear um DPO (Data Protection Officer).✔ Criar um relatório de impacto à privacidade, documentando quais dados são coletados e quais medidas de segurança são adotadas.✔ Estabelecer políticas internas de compliance digital, garantindo que toda a equipe esteja treinada em boas práticas de proteção de dados.

Dica: O DPO pode atuar como ponto de contato entre a empresa, usuários e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

Conclusão: segurança e compliance como diferencial competitivo

Garantir a segurança de aplicativos e a conformidade com a LGPD não é apenas uma obrigação legal, mas também um diferencial competitivo. Aplicativos que respeitam a privacidade dos usuários conquistam mais credibilidade, confiança e fidelidade dos clientes.

 

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