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SEGURANÇA CIBERNETICA

Segurança cibernética para pequenas empresas: mitos e verdades

Pequenas empresas estão vulneráveis a ataques cibernéticos, mesmo com a crença de que estão imunes. Descubra os mitos e como construir uma defesa robusta contra ameaças cada vez mais sofisticadas.

23/05/2025 20:00

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Segurança cibernética para pequenas empresas: mitos e verdades

Segurança cibernética para pequenas empresas: mitos e verdades

Em um mundo cada vez mais digital, a segurança cibernética se tornou uma prioridade incontestável, especialmente para as pequenas empresas, que, por muitas vezes, acreditam estar imunes a ataques devido ao seu tamanho. No entanto, essa noção é profundamente enganosa. Criminosos virtuais não se preocupam com o porte da empresa; eles buscam vulnerabilidades. As pequenas empresas são, na verdade, alvos irresistíveis, pois frequentemente dispõem de menos investimentos e processos de segurança menos robustos.

A crença de que "se meus dados estão na nuvem, estão protegidos" é outra armadilha comum. A nuvem oferece boas práticas de segurança, mas sua eficácia depende de uma configuração e gerenciamento adequados. Um simples erro de configuração, como permissões excessivas em plataformas como AWS ou Azure, pode resultar na exposição de dados sensíveis, colocando em risco não apenas a credibilidade da empresa, mas prejuízos financeiros reais.

Além disso, muitos ainda pensam que um simples antivírus é suficiente para proteger suas redes. Os ataques cibernéticos evoluíram e se tornaram mais sofisticados, utilizando técnicas como ataques sem arquivos e movimentos laterais na rede. A adoção de soluções avançadas como EDR (Endpoint Detection and Response), NDR (Network Detection and Response) e XDR (Extended Detection and Response) é crucial para garantir uma defesa mais consistente.

Outro mito a ser derrubado é o de que "ataques cibernéticos vêm de fora". Na realidade, as ameaças internas representam um grande risco. Seja por descuido ou má intenção, as fraquezas podem estar dentro da própria organização. Implementar estratégias de Zero Trust e monitoramento contínuo de gestão de acesso e de identidades pode ser uma forma eficaz de mitigar esses riscos.

Engana-se quem acredita que phishing é fácil de ser identificado. Esses ataques estão cada vez mais eficientes, utilizando engenharia social, deepfakes e mensagens personalizadas que desafiam até mesmo os usuários mais cautelosos. A educação contínua e o aprimoramento das habilidades dos colaboradores para reconhecer essas táticas , é fundamental.

Uma das percepções mais perigosas é a ideia de que, caso uma empresa seja atacada, a detecção ocorrerá rapidamente. Pesquisas mostram que muitas empresas podem levar meses para identificar um ataque, especialmente quando os invasores agem de maneira discreta. A implementação de monitoramento proativo e inteligência de ameaças se torna vital para reduzir esse tempo de descoberta e limitar os danos.

Por fim, é preciso reconhecer que estar em conformidade com normas como LGPD, ISO 27001 e HIPAA é importante, mas não é sinônimo de estar seguro. O compliance estabelece um padrão mínimo, enquanto a verdadeira segurança exige um compromisso contínuo com o monitoramento, a resposta rápida a incidentes e a atualização constante das práticas de segurança.

Investir em segurança cibernética não é uma ação que deve ser vista apenas como uma linha no orçamento. A segurança envolve processos, a formação de uma cultura de segurança dentro da organização e a adaptação constante às novas ameaças. Somente com uma abordagem holística e integrada uma empresa pode se proteger efetivamente das crescentes ameaças do mundo digital.

Portanto, cabe a nós, como gestores e colaboradores, desmistificar essas crenças e construir uma defesa sólida em nossas organizações. Proteger-se contra as ameaças cibernéticas é um esforço conjunto que requer conhecimento, tecnologia e um comprometimento constante com a evolução da segurança.

Por Cristiano Buss, CEO da Teletex

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