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LUCIANA BEZERRA DE MENEZES

Luciana Bezerra de Menezes

Bronze DIVISÃO 2 , Analista Recursos Humanos
há 9 anos Terça-Feira | 14 julho 2015 | 11:59


Bom dia a todos,

Caros colegas, estou em meio a uma situação nada habitual.

Que as férias podem ser gozadas em dois períodos desde que nenhum seja menor que 10 dias é sabido, agora nesses casos como fica o abono?
Tenho um colaborador que gozou 15 dias, e agora que vai gozar os outros 15 foi sugerido a compra de 10, posso gerar um recibo de 05 dias de férias e 10 de abono?
Conto com a ajuda de vocês.

Abraço,

Luciana

Agnaldo A. Lima

Agnaldo A. Lima

Ouro DIVISÃO 2 , Analista Pessoal
há 9 anos Terça-Feira | 14 julho 2015 | 12:54

Bom dia,

Segue texto sobre férias:

Concessão de férias em dois períodos



Esclarecemos que a legislação veda a concessão fracionada de férias.

Observa-se que após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, as férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

As férias somente poderão ser fracionadas no caso de serem coletivas, que de acordo com o art. 139 da CLT, podem ser concedidas a todos os empregados da empresa ou a determinados estabelecimentos.

Somente em casos excepcionais as férias serão concedidas em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos.

Como casos excepcionais podem ser entendidos, de acordo com a doutrina, como os decorrentes de necessidade imperiosa, como força maior, para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. Ou seja, admite, apenas, a possibilidade de sua caracterização:

-a juízo do empregador, em caso de força maior que o impeça de concedê-las integralmente, ou lhe ocasione sérios prejuízos econômicos, ao menos; ou

-a pedido do empregado, desde que comprove motivo justo que o autorize a solicitar o gozo parcelado, e o empregador a consenti-lo.


Observa-se, que força maior é todo acontecimento inevitável em relação à vontade do empregador e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.

Convém lembrar:

-a imprevidência do empregador exclui a razão de força maior; e

-a ocorrência de motivo de força maior que não afete substancialmente, nem seja suscetível de afetar, em tais condições, a situação econômica e financeira da empresa não autoriza o fracionamento das férias do empregado.

Não obstante, a maior parte dos doutrinadores defende o entendimento de que, havendo o fracionamento das férias, uma das frações deverá corresponder a pelo menos 14 dias, conforme previsto na Convenção OIT nº 132.

Assim, orientamos que antes da concessão fracionada das férias que a empresa verifique o entendimento de seu sindicato.

FONTE: Consultoria CENOFISCO

Agnaldo Lima
Analista de Pessoal
[email protected]

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