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Acidente de trânsito

Giovani Alex Carlim

Giovani Alex Carlim

Bronze DIVISÃO 4 , Auxiliar Depto. Pessoal
há 8 anos Quarta-Feira | 14 dezembro 2016 | 10:26

Bom dia pessoal,

Teve um funcionário que trabalha com o veículo da empresa. Na data de hoje, o mesmo estava fazendo o seu serviço quando ele deu um "embicada" na esquina e estava vindo um motoqueiro em alta velocidade. Acidentalmente, o motoqueiro ao tentar esquivar-se para não bater no veículo, se desequilibrou e caiu com a motocicleta, causando danos para a mesma.
O motoqueiro está cobrando da empresa o valor para arrumar a motocicleta.
A questão é, pode ser descontado esse valor do funcionário ou a empresa tem que arcar?

Karina Louzada

Karina Louzada

Diamante DIVISÃO 1 , Contador(a)
há 8 anos Quarta-Feira | 14 dezembro 2016 | 10:29

Giovani Alex Carlim

Quando um funcionário bate o veículo da empresa, podemos fazer com que esse funcionário pague o conserto do veículo?

Informamos que, o art. 462, caput, da CLT veda qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, dispositivos de lei ou de contrato coletivo.

Os descontos decorrentes de lei são os relativos a contribuições previdenciárias, contribuição sindical etc. O desconto relativo à taxa assistencial para os sindicatos decorre de convenção ou acordo coletivo ou ainda de sentenças normativas.

Podem ser descontados, ainda, os adiantamentos de salário concedidos ao empregado, observando-se, contudo, que na hipótese de rescisão contratual, qualquer compensação no pagamento não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.

Por outro lado, de acordo com o § 1º do citado art. 462 da CLT, na hipótese de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.

Portanto, se o dano causado por empregado resultar da prática de ato doloso, ou seja, de ato praticado com o intuito deliberado de prejudicar o empregador, é lícito o desconto, ainda que não previsto contratualmente.

Salientamos que a legislação não estabelece, de forma clara, limite para desconto do empregado. Assim, aplica-se, por analogia, o art. 82 da CLT e, neste caso, orientamos que o desconto não poderá ultrapassar a 70% salário pago. Os restantes 30% devem ser pagos em dinheiro, mesmo que o valor dos descontos supere 70%.

Já no caso de dano decorrente de culpa do empregado, isto é, quando no exercício de suas funções, embora não tenha tido ele a intenção de praticá-lo, tenha agido, contudo, com imprudência, negligência ou imperícia, o desconto ficará condicionado à existência de acordo firmado para este fim.
Diante disso, quando da admissão do empregado, torna-se conveniente a inserção de cláusula no seu contrato de trabalho que permita esse tipo de desconto salarial. Referida cláusula pode, por exemplo, ter a seguinte redação: “Além dos descontos previstos em Lei, reserva-se a empregadora o direito de descontar do empregado as importâncias correspondentes aos danos causados por ele.”

Salientamos, contudo, que o empregado que se sentir prejudicado poderá ingressar com reclamação trabalhista e, caberá ao Poder Judiciário a decidir sobre a questão.

FONTE: Consultoria CENOFISCO

Agradecida,

Karina Louzada de Oliveira -Vitória-ES.
Karina Louzada

Karina Louzada

Diamante DIVISÃO 1 , Contador(a)
há 8 anos Quarta-Feira | 14 dezembro 2016 | 10:47

Giovani Alex Carlim

Pelo relato, é certo que o motociclista precisa ter sua moto consertada, se a empresa tiver seguro do carro acione ele e o desconto ou não da franquia do salário do funcionário deve ser de acordo com a orientação postada acima.

Agradecida,

Karina Louzada de Oliveira -Vitória-ES.

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