x

FÓRUM CONTÁBEIS

ASSUNTOS ACADÊMICOS

respostas 39

acessos 10.918

Exame de Suficiência e a Realidade do Dia-a-Dia

SÉRGIO BATISTA

Sérgio Batista

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 27 setembro 2011 | 10:32

O Exame de Suficiência em Contabilidade realizado em 25/09/2011 foi muito difícil, por ser muito teórico. Vivemos um momento em que a contabilidade está em mudanças, a prova caiu muita questão de auditoria e perícia, pouca contabilidade geral e muita contabilidade avançada (usada, geralmente, nas empresas por ações), muitas questões com casca de banana sobre princípios. Vejo que uma prova dessas não é a base pra dizer se alguém estar habilitado para ser contador. Conheço vários técnicos em contabilidade que são proprietários de grandes empresas contábeis com experiência de mais de 20 anos e que conseguiram a graduação em bacharelado em ciências contábeis mas nunca conseguirão passar em uma prova dessas, os mesmos tem experiência de sobra, diferentemente dos que passam em uma prova dessas e vão começar a trabalhar do zero. Existe muitos que defendem o exame com unhas e dentes, diga-se de passagem que 99% não fizeram a prova para hoje estarei assinando como contador. Diante de tudo seria interessante um desáfio entre todos os CRC's e CFC pra ver quais dos presidentes e conselheiros responderiam a prova do exame de suficiência, o nível está além do que é repassado nas universidades, do que se vive no dia-a-dia dentro das empresas contábeis e do que é visto em cursos e eventos promovidos pelos CRC's.

Sérgio Batista
Contador
Esp. em Contabilidade, Planejamento Tributário e Societário
***************************************************
VALDIR ALEXANDRINO PINHEIRO

Valdir Alexandrino Pinheiro

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 27 setembro 2011 | 15:10

Sergio

boa tarde

Eu concordo plenamente com voce, pois só formado em Tecnico em contabilidade em 1974, exerço a profissão desde 1973, sem nunca ter feito um exame de suficiência, me formei em Bacharel em Direito agora em 2010, já tentei a prova da oab por três vezes sem consir passar, enqto tenho colegas que cursaram junto comigo que nada sabem que passaram a base de colas e trabalhso feitos por outros colegas que já conseguiram passar na prova da oab. não querendo me engrandecer masis fui um dos melhores em sala de aula assim como no curso de estagio obrigatorios onde participei em atendimento ao público fazendo varias petições, recursos e tudo mais, tendo adquirido uma pratica muito boa e era considerado o melhor do nucleo juridico, era quem mais atendia os casos mais dificieis. mas infelizmente é a lei e temos que cumpri-la, desejo que no proximo exame seja bem sucedido.

att.

valdir a. pinheiro

Rose Ferreira

Rose Ferreira

Bronze DIVISÃO 3, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 28 setembro 2011 | 00:59

É Sergio, isso é lamentável.
Eu tambem trabalho na área desde 1996, somente agora terminei a faculdade e tive que passar por essa prova dia 25, graças a Deus fui bem, mas o que acho engraçado é que depois que tirarmos a carteirinha basta pagar as anuidades e está tudo bem, quem garante que todos continuarão se especializando e sendo bons profissionais? e quem tirou antes do exame? não acham que deveria ter uma outra forma de avaliar este conhecimento?
Acredito que o próprio mercado expele os maus profissionais, não seria necessário o exame.

MAYARA OLIVEIRA

Mayara Oliveira

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 28 setembro 2011 | 11:53

Ontem eu esconversando sobre esse mesmo assunto e pergunto para vocês...
Porque tem ocorrido tantos erros na enfermagem?
Porque tem ocorrido tantos erros na medicina?
E na veterinária?

Não vejo necessidade de ter prova para OAB, visto que, o advogado poderá ser avaliado pelos processos que ele já defendeu. E muitos "advogados" estão se formando apenas para fazer concurso ou para receber gratificações no final do mês, é um absurdo!

Para os contadores eu só concordaria em ter a prova, se fosse obrigatório uma educação continuada, o que é basico para os auditores e peritos.
No mais, da forma que está sendo aplicada a prova, da forma que está sendo cobrada é um absurdo!
[...]

Mayara Bezerra de Oliveira

"Os clientes são a razão de ser da empresa! O grande mérito de um bom empreendedor é perceber essa relação e direcionar todas as suas atividades na busca do atendimento e satisfação dos clientes."
ANTONIO ROSADO JUNIOR

Antonio Rosado Junior

Bronze DIVISÃO 5, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 28 setembro 2011 | 12:07


Boas a todos que me lêem.
Enfim, o que vemos ultimamente é exame para cá, exame para lá. Vocês já pararam para refletir o que estes exames representam no dia-a-dia? A Ciência Contábil exige fundamentação em todos os processos que se execute, desde o cálculo até uma teoria. Porém, não seria diferente aqui. Tento explanar a minha tese, baseada em diversos pareceres e comentários de fatos de nobres Contadores, com links para os respectivos documentos.
Então vamos lá:

Vamos entender o texto abaixo o porquê:

COMO FOI RESSUSCITADO O EXAME DE SUFICIÊNCIA PARA CONTADORES E TÉCNICOS EM CONTABILIDADE NO ANO DE 2010? Link: direitodeadvogardobacharel.blogspot.com
É o parecer do Nobre Contador e Advogado Dr. Antonio Carlos Coutinho dos Santos

O porquê da Inconstitucionalidade dos Exames de Ordem e Suficiência?
(Parecer focado no Exame de Ordem válido também para o de Suficiência)
http://www.profpito.com/PARECERDOPGR-N5664.html

Veja o parecer fundamentado do Dr. Janot - SubProcurador Geral da República Íntegra: http://s.conjur.com.br/dl/parecer-mpf-supremo-exame-ordem.doc

Veja o Presidente da OAB Nacional em entrevista, dizendo que não fez o Exame de Ordem
http://www.youtube.com/watch?v=u-d50wygbq8&feature=related

Depoimento de Sérgio Ricardo Mondadori sobre o exame da OAB - Desiguais sendo tratados iguais
YouTube http://youtu.be/pVjJWgyXvdE

Em face dos que os Srs. leram nos links acima, posso afirmar que meu nobre amigo - Contador e Advogado Dr. JOÃO ANTÔNIO VOLANTE - não contente com essa vergonha dos dois conselhos, tomou atitude, além de levar tapa na cara de muitos que são contrários, conseguiu que o Tribunal reconhecesse a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada na RE/603583 e neste momento está em trâmite final para decisão do STF. Caso queiram acompanhar o link é o www.stf.jus.br

Enfim, quando você cola grau, ali está presente o reitor da faculdade/universidade que com poderes do Presidente da República para conceder o grau de bacharel. Ali você está apto a exercer sua profissão. O "trabalho" de qualquer profissão tem sua graduação que vai desde trainner, auxiliar, especialista, analista e etc, justamente para que ao longo de seus trabalhos vá arrecadando conhecimento, talentos.
A insegurança jurídica de nossas leis é inversamente proporcional ao poder intelecto de nossos cidadãos, que estes elegem os mandatários do povo para aprovar 118 projetos em sessão de 3 minutos com apenas 01 (HUM) deputado. clippingmp.planejamento.gov.br
O que dizer então dos jovens que não sabem quais são seus direitos sociais, desconhecem a Constituição e ignoram os 3 Poderes? Vejam isto: http://www.cartacapital.com.br/politica/dos-insensatos-e-dos-omissos
Quando Renato Russo em sua música " Que país é esse? " no ano de 87 ( há 24 anos atrás) percebemos que nada mudou de lá para cá! A corrupção hoje tomou conta da sociedade.
Está na hora do Brasil começar a ser um país Democrático - não apenas expresso em nossa carta política mas no dia-a-dia.
A democracia começa quando os direitos individuais e sociais são conhecidos e respeitados para então fazer valer suas obrigações.
Caso os exames sejam obrigatórios, então que sejam válidos também para todas as profissões, para todos os profissionais inclusive aqueles que não fizeram, avaliados regularmente ano a ano ( visto que a sociedade é dinâmica assim como as profissões devem ser atualizadas ) e elaboradas e ofertadas gratuitamente pelo Governo Federal na instituição do MEC e não dos conselhos federais. Hoje o que vemos, são os Conselhos com atributos de fiscalizar o profissional exercendo o papel do MEC. Pergunto então: Qual a razão de fazer 4 anos de ciências contábeis? É menos oneroso gastar ao longo de 4 anos e optar por pagar R$ 100,00 ou R$ 200,00 ( Suficiência ou da Ordem ) respectivamente e poder exercer a profissão. Já que os conselhos desconhecem o valor do Diploma. Já que nossos brilhantes docentes não são competentes o suficientes, como mesmo afirmam os conselhos. Fato público que OAB conseguiu reprovar 96% dos incritos na ordem o CFC 73% do último exame. Porém a repercurssão do tema foi enorme, que cancelaram 4 questões para devolver o índice próximo do anterior e não causar comoção pública.
Logo percebemos o quanto estamos distante da democracia e da transparência tanto quanto do conhecimento de nossos direitos garantidos em leis. Para fazer valer esses, precisamos antes de mais nada, atitude em buscar a informação de diversas fontes.
Hoje diversos movimentos estão instalados pelo Brasil, de repercussão é o MNBD que pode ser localizado via google.
Abraços a todos de Contábeis!

Contador
Guilherme Baptista

Guilherme Baptista

Bronze DIVISÃO 2, Assessor(a) Diretoria
há 12 anos Quarta-Feira | 28 setembro 2011 | 12:52

Infelizmente, por inúmeros motivos, estamos inseridos num sistema que forma milhares de "profissionais" sem a mínima condição de exercer a profissão.

Não concordo que o mercado é quem deve testar e separar os bons dos maus profissionais. A custo de quem? Empresas / Sociedade? Discordo.

Dessa forma, acredito que o exame é uma das formas de evitar que "profissionais" que mal entendem débito/crédito se misturem aos que possuem um bom conhecimento contábil e podem efetivamente prestar um serviço de qualidade para a Sociedade.

Vide o CPA fora do Brasil - muito valorizado!

ANTONIO ROSADO JUNIOR

Antonio Rosado Junior

Bronze DIVISÃO 5, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 28 setembro 2011 | 13:07

Nobre Guilherme,

Apenas defendo meu ponto de vista que é o meio material legal.
Concordo em pontos com que você apresentou, porém não desobriga do MEC reavaliarem seus cursos.
Penso que o ônus não pode ser colocado somente nas costas do bacharel, mas sim de toda a sociedade que foi omissa em não cobrar das instituições tais obrigações. Quem elabora as leis? Os mandatários do povo (sociedade). O Brasil forma o que oferece ao estudante. Medicina não existe exame de suficiência. Existem casos de erros em todas áreas cometidas por profissionais, tampouco são pontuais, para isso que serve o código de ética. Enfim, o STF no próximo mês deve dar um basta nestes exames, caso for julgado a forma material.
O Brasil precisa acordar para discutir todos os valores de cidadania tanto quanto de seus profissionais, porém não pode ficar opinando dormindo.

Contador
Guilherme Baptista

Guilherme Baptista

Bronze DIVISÃO 2, Assessor(a) Diretoria
há 12 anos Quarta-Feira | 28 setembro 2011 | 15:44

Antonio,

Também acho que a responsabilidade se inicia no governo, através do MEC, que permitiu a abertura de inúmeros cursos no Brasil sem a mínima condição, verdadeiros "pagou, passou" (o que não se ve no curso de Medicina, por exemplo). Aliás, corrigindo sua informação, clínico não, mas qualquer outro médico especialista precisa ser aprovado num exame comprobatório de sua qualidade técnica, para receber o título de especialista e tal exame é tão ou mais difícil que OAB, CFC, etc.

A tal popularização do curso superior para todos, gerou esse monstro e o poder público através de TODOS seus órgãos é INCOMPETENTE e CORRUPTO para qualquer atividade ou fiscalização, não só nesse aspecto.

Dessa forma, os órgãos de classe, intervém de forma a protejer sua categoria.

Francine Meire

Francine Meire

Prata DIVISÃO 3, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 28 setembro 2011 | 17:11

Guilherme
Concordo com a sua opinião.

"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento"...
(Clarice Lispector)
Carlos Ruben

Carlos Ruben

Bronze DIVISÃO 5, Assistente Contabilidade
há 12 anos Quarta-Feira | 28 setembro 2011 | 17:30

Caros colegas
Boa tarde

Concordo com o Sérgio, realmente o exame foi muito teórico, mesmo na prova de técnico (onde quase não vemos a teoria), mas quanto a extinção do mesmo, não seria o ideal, pois de fato o exame deixa de fora os que não tem nehuma condição de trabalhar na área contábil (os que não levaram o curso nem a faculdade a sério). Quem estudou e mesmo assim não conseguiu atingir a pontuação já existem outros motivos.

No resultado do último exame o CFC se surpreendeu com a quantidade de + ou - 30% de aprovados. Convenhamos que os culpados desse baixo índice não são apenas os alunos, mas sim todos que estão envolvidos (curso, faculdade, CFC e alunos).

SÉRGIO BATISTA

Sérgio Batista

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Quinta-Feira | 29 setembro 2011 | 07:55

Bom dia a todos,


A capacidade de dizer se alguém é qualificado vai além de um exame de suficiência, pois um recém formado e aprovado no exame de suficiência não está com vaga garantida de emprego, pois na universidade ou exame de suficiência não se ver 99% do que é realmente feito no dia-a-dia dentro das organizações contábeis. Teoria é uma coisa, a prática é outra. O que o CFC devia ta fazendo era tentando mudar a grade curricular do curso de bacharelado em ciências contábeis, no lugar do aluno passar XIII ou IX bloco vendo teoria, deveria exigir a prática, mas não uma prática onde o aluno vai para um laboratório e vai fazer 2 ou 3 lançamentos, não, digo que era pra mostrar a realidade, ensinar sobre as obrigações acessórias da RFB com seus SPED da vida, programas da SEFAZ do Estado e municípios. Temos que sair da teoria e ver os fatos que ocorrem no mundo da contabilidade com outros olhos. Tenho planos e desáfios para as universidades de minha cidade, quero através da Associação dos Contabilistas firmar uma parceria onde o aluno a partir do VII bloco saiam da sala de aula e entre no mundo verdadeiro da contabilidade, onde vamos ensinar como abrir uma empresa, abrindo de fato e direito, ensinar a iniciar um balanço patrimonial, ensinar a fazer DCTF, DACON, SPED, GFIP, RAIS, DIPJ, DIRPF, ITR, dentro "N" outras obrigações. É preciso que seja mostrado a realidade da profissão contábil, só assim teremos profissionais preparados para o mercado, pois do jeito que estamos caminhando, estamos prestes a ter um apagão de mão de obra, e não vai ser por conta de um exame que vai mudar essa realidade.

Shalon

Sérgio Batista
Contador
Esp. em Contabilidade, Planejamento Tributário e Societário
***************************************************
Guilherme Baptista

Guilherme Baptista

Bronze DIVISÃO 2, Assessor(a) Diretoria
há 12 anos Quinta-Feira | 29 setembro 2011 | 09:44

Sergio,

O exame de suficiência foi a forma encontrada para avaliar... e não consigo vislumbrar outra...

Hoje, nas grandes organizações, devido a complexidade do nosso sistema tributário o contador está trabalhando efetivamente com a área CONTABIL de forma mais estratégica e bem menos na operacional, não mais englobando de forma integral a área FISCAL (obrigações acessórias por exemplo), a qual é encabeçada por um tributarista (pode ou não ser contador). O que estou querendo dizer é que existem vários tipos de contadores e você não pode balizar TODOS na SUA experiência profissional.

Além do mais, todo curso é teorico, não é privilégio da contabildiade... ninguém sai de um curso de graduação preparado para todos os desafios do dia-a-dia profissional... vai aprender efetivamente na prática. A faculdade serve como embasamento teorico.

Abraço!

Murielson Alves

Murielson Alves

Prata DIVISÃO 1, Analista Contabilidade
há 12 anos Quinta-Feira | 29 setembro 2011 | 09:54

Guilherme Baptista, concordo que os cursos são teóricos, porém vejo que ao invés do CFC (e até mesmo a OAB) aplicarem tais exames pós curso, deveriam antes realizar um trabalho nas intituições de ensino visando aumentar o nivel de ensino.

Hoje no Brasil esta uma palhaçada (com o perdão do termo), o governo incentiva o ensino superior visando números de graduados no país, com o objetivo de mostrar tais dados para os investidores e bancos do exterior, conseguindo com isso mais recursos e financiamentos para o Brasil.

Esse incentivo é de forma espúria, ou seja sem nenhum apoio ou sistemática.

Portanto sou completamente contra tais exames, sou a favor de um ensino de qualidade (pois o atual é de péssima qualidade).

essa é minha opinião e indignação com a forma que o ensino é tratado neste país.

At.
Murielson Alves

Carlos Ruben

Carlos Ruben

Bronze DIVISÃO 5, Assistente Contabilidade
há 12 anos Quinta-Feira | 29 setembro 2011 | 11:05

Acredito que todos os envolvidos no processo de educação têm culpa, talvez o governo realmente tenha a maior parte da culpa porque é nítido que a arrecadação é alta, no entanto os recursos são geridos de forma incorreta ou sem nenhum critério.

Engraçado que os professores fazem greves por melhores salários e nós alunos não nos mobilizamos por uma melhor educação.

SÉRGIO BATISTA

Sérgio Batista

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Quinta-Feira | 29 setembro 2011 | 11:15

Caro Carlos Ruben,

O que acontece nas universidades públicas e principalmente nas particulares é o seguinte:

PROFESSOR finge que dá aula, ALUNOS fingem que aprendem.

Creio que isso deveria ser fiscalizado mais de perto pelo Ministério da Educação e orgãos competentes.


Sérgio Batista
Contador
Esp. em Contabilidade, Planejamento Tributário e Societário
***************************************************
ANTONIO ROSADO JUNIOR

Antonio Rosado Junior

Bronze DIVISÃO 5, Contador(a)
há 12 anos Quinta-Feira | 29 setembro 2011 | 11:23

Nobre Sérgio;

Eu penso que não podemos generalizar desta forma. A situação não é pontual.
Cabe sim, como eu disse anteriormente, um maior rigor no acompanhamento da instituição, como também do aproveitamento dos alunos, por parte do MEC.
O fato é que os valores morais e éticos estão corroídos e ai entra a questão da família.

Contador
SÉRGIO BATISTA

Sérgio Batista

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Sexta-Feira | 30 setembro 2011 | 07:44

Palavras do Professor Christian Abrão de Oliveira no seu blog Blog do Professor Christian

Sobre a prova do exame de suficiência em contabilidade realizada dia 25/09/2011.

Análise Da Prova

Primeiramente, não achei a prova fácil, por mais que o nível de aprovação irá subir. Essa prova teve uma quantidade de Normas Brasileiras de Contabilidade muito grande, POUCA DOUTRINA, ENTENDIMENTOS, PRÁTICAS etc... (decorar)

"Foram 4 questões que estavam no enunciado, as NBC, mas com o uso real para a resolução ( 6, 7, 8,10, 13, 16, 20, 25, 26, 27, 28, 29, 31, 32, 35, 36, 37, 41, 42, 43,) foram 20 questões, um número muito alto de questões.

COMO PROFESSOR, ISSO É RUIM, O ALUNO DEIXA DE RACIOCINAR O CONTEÚDO PARA DECORAR.

Na prova passada, já tínhamos essa característica, porém as questões eram cópias, dessa vez, mudaram um pouco o texto delas, deixando em alguns momentos confusas.

As questões de contabilidade de custos foram mais simples, porém contabilidade pública foi assustador, utilizar o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público do STN, NÃO MEDE CONHECIMENTO DA CONTABILIDADE PÚBLICA.

A prova de Contabilidade Geral foi ótima, tirando a questão que envolve a NBC TG .16, número 7 da prova, pois essa foi uma questão muito difícil para ser feito um julgamento preciso em uma prova objetiva, por fim temos questões bem diversificadas em geral.

A prova de Matemática Financeira e Estatística também foi mais simples que a anterior, 3 questões.

Auditoria teve uma prova muito proveitosa, bem redigida, o que não pode ser dito na prova de perícia, pois na questão de perícia (nº 30) tem muitas falhas na questão.

Contabilidade Gerencial e Controladoria muito bem feita.

E, por fim português, sempre na história desse exame, provas com muitos questionamentos, um dia acertam na mão. (não estava difícil, somente ambígua)

Sobre a minha correção: fundamentei todas as questões, por um motivo, caso o resultado oficial for diferente, temos argumentos para recursos. É importante, como da vez passada, argumentos válidos, fundamentados em normas, doutrinas reconhecidas.

No exame anterior, descobrimos que a questão (que fora anulada) era um assunto de administração de empresas, e na contabilidade somente um livro americano que tratava, anulamos (alunos) a questão, ou seja, administração está fora do nosso edital.

Dessa vez, as questões estão sem esse tipo de possibilidade, a única chance de montar recursos serão sobre os sentidos das premissas, com exceção da questão 30 que tem erros graves.

Pelo que notei na minha experiência com recursos nas bancas, tanto na OAB como CFC, NOTO UMA DECISÃO POLÍTICA PARA ANULAR UMA QUESTÃO. Exemplo: Anular uma questão acarreta aprovar quantos, anular duas questões mais quantos.

Digo isso, pois no exame passado tivemos três questões amplamente fundamentadas: uma fora do edital, outra com mais de três doutrinas contábeis, com a mesmo problema, porém com outra resolução, e por fim, uma com uso do estudo das premissas lógicas. Somente uma dessas anulada.

Na OAB, o caso é ainda mais grave, normas contrárias, e ainda, não anulam.

Então vou dizer as questões que tem a possibilidade de surgir recursos com sucesso: para mim a 30 é a mais anulável; questão 6; questão 16; questão 20; questão 48 com chances remotas.

Por fim, agora é aguardar ! As nossas chances foram lançadas, aprovação ou reprovação. (do professor também ! )

Digo, nossas, pois também estou passivo de erros, como todos. Por isso, falo: Vamos aguardar o gabarito oficial.

E, desejo do fundo do meu coração: muita aprovação !!!

Um abraço !

Sérgio Batista
Contador
Esp. em Contabilidade, Planejamento Tributário e Societário
***************************************************
SÉRGIO BATISTA

Sérgio Batista

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Sexta-Feira | 30 setembro 2011 | 07:57

Entrevista com o Contador Josimar Alcântara

Josimar Alcantara é perito e auditor técnico, professor concursado da Universidade Estadual do Piauí e Professor Coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santo Agostinho - Teresina-PI.


Josimar, qual a sua motivação para participar de uma chapa para a eleição no CRC?

Me motivo para participar disso por entender que o CRC tem que existir para desenvolver suas ações para a classe sem esquecer dos alunos de contabilidade. Para isso incentivamos formar lideranças, não digo lideranças classistas, mas líderes empreendedores, pois, sendo um aluno empreendedor ele consegue ser um profissional de sucesso.

E a formação dos contadores no Estado, a quantas anda?

Nas 24 escolas de contabilidade do Piauí, sendo elas técnico ou superior, são formados cerca de 500 profissionais por semestre e o que mais assusta é que somente desses 500 formandos pouco mais de 10 ou 15% efetivam seu registro no Conselho, ou seja, poucos seguem a carreira formalmente depois de graduados, isso é negativo para o CRC-PI. No meu entendimento o conselho precisa desenvolver pesquisas para nortear ações para reverter esse quadro.

No que o senhor baseia essa informação?

Sustento minha informação observando o plano de trabalho 2010 no site do Conselho Federal de Contabilidade que aponta para 3680 profissionais e a própria presidência do CRC-PI afirma que são somente 3300 profissionais no Piauí. LINK. As aprovações no exame de suficiência e no de aprovação técnica o Piauí tem resultados entre os mais baixos indicies da federação. Diante desses resultados é preciso que o CRC-PI desenvolva políticas de educação continuada, uniforme e inclusiva. Uniforme por ser sistemática, durando todo o período da gestão e não só em períodos isolados como os que precedem eleições. Também devem ser inclusivos, pois os profissionais devem ter acesso, em razão das elevadas taxas cobradas para participação de algumas capacitações e também da anuidade de técnico e superior e de seus escritórios oneram bastante no bolso do contabilista.

O que melhoraria o desempenho nos exames de suficiência?

Dentro do sistema CFC/CRC é necessário criar uma comissão que possa acompanhar a avaliação de reconhecimento de curso e de renovação formada por profissionais capazes de avaliar a qualidade do ensino promovido pelas Instituições de Ensino.

O CRC precisa desenvolver uma política de fiscalização preventiva em relação ao pleno desenvolvimento técnico dos profissionais contabilistas do estado do Piauí, observando as reais habilidades para o pleno exercício da profissão, tomando por base as orientações provenientes da fiscalização preventiva. Se existe fiscalização preventiva a probabilidade de identificar ilícitos por falta de conhecimento, o CRC não precisa punir os amigos contadores. O Conselho Regional de Contabilidade precisa desenvolver ações em atendimento à lei 12.249 2010 de forma igualitária em todo o território do Piauí, capital e interior, não se concentrado em focos e dando igual atenção a todos os contabilistas do estado.

Sérgio Batista
Contador
Esp. em Contabilidade, Planejamento Tributário e Societário
***************************************************
TECIANE DIAS

Teciane Dias

Iniciante DIVISÃO 1, Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 4 outubro 2011 | 16:00

COLEGAS ENVIEI ESTE EMAIL AO CFC COMO FORMA DE PROTESTO CONTRA A DEMORA NA DIVULGAÇÃO DO GABARITO! PROSTESTE VOCÊ TAMBÉM!


para CFC - Exame de Suficiência <@Oculto>,
@Oculto,
@Oculto,
@Oculto,
@Oculto,
@Oculto,
@Oculto
data 4 de outubro de 2011 14:35
assunto Publicação do Gabarito


Prezados, boa tarde!

Compreendo que o prazo de 20 dias está previsto no Edital do Exame de Suficiência, mas gostaria de entender por qual motivo o CFC estipulou um prazo tão longo?

Todos os grandes concursos da área pública liberam a publicação do gabarito em até dois dias após a prova, alguns até algumas horas após a prova.

Sabemos que quando uma prova é elaborada, o gabarito certamente já está pronto. Este prazo não é razoável, julgo um prazo abusivo! Por que os candidatos precisam viver a angústia de esperar 20 dias para o gabarito? Eu trabalho no serviço público e já participei da organização de concursos, sei que em um único clique o gabarito (que já está pronto) estará publicado na internet.

Prezados, perdoem se estiver sendo injusta em algum ponto. Mas não entendo por que o CFC está escolhendo esperar 20 dias. Parece pouco, mas os estudantes e profissionais que fizeram a prova merecem agilidade na publicação destas informações. Algum de vocês já esperaram ansiosamente por um resultado? Além disso, relevo aqui que quanto maior a demora na publicação do gabarito, mais demorará para a lista final de aprovados, pois desta publicação depende os prazos de recursos. Há muitos, como eu, que estão precisando do Registro no CRC para exercer suas atividades profissionais, por isso parece justo que o CFC queira agilizar a chegada destes novos contadores ao mercado.

No Exame da Ordem - OAB, por exemplo, as provas foram realizadas em 17 de julho/2011, por exemplo, e a data de divulgação do gabarito já veio no edital 19/07/2011, apenas 2 dias depois. Além de constar todas as datas fixadas para interposição de recursos, para divulgação do resultado.

Externo aqui os sentimentos de muitos estudantes e profissionais. E penso que o CFC, como uma instituição séria e preocupada com sua classe, deveria rever o prazo de publicação do gabarito.

Atenciosamente,

Teciane Dias

suely luzia pereira

Suely Luzia Pereira

Bronze DIVISÃO 3, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 5 outubro 2011 | 10:04

Caros Colegas,

Entendo todo o descontentamento diante do exame do CFC, porém concordo plenamente com o Guilherme, o exame é necessário pois infelizmente o mercado não retira os maus profissionais e eles acabam envergonhando os que procuram fazer um bom trabalho.

Temos que observar que a contabilidade está numa faze de mudanças e muitas coisas que estão sendo cobradas nos exames a maioria dos alunos não tiveram na faculdade pois são matérias de grade nova.

Quero dizer que existe uma obrigação de o profissional se atualizar, infelizmente todas as mudanças dependem muito desta teoria.

Na faculdade existem professores que fingem que ensinam e alunos que fingem que aprendem, porém se os mesmos não se mobilizarem no momento certo passam por esses apertos agora.

Pensem nisso.

SÉRGIO BATISTA

Sérgio Batista

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 5 outubro 2011 | 10:25

Suely,


Discordo com o Guilherme ao afirmar que "o mercado não retira os maus profissionais e eles acabam envergonhando os que procuram fazer um bom trabalho", pois diante de tal afirmação eu pergunto: será que um aluno que acaba de sair da faculdade, se tranca 6 meses estudando pra o exame de suficiência e é aprovado, vai ser um bom ou mal profissional?

Hoje vivemos em um momento de apagão de mão de obra qualificada, pois os recém formados não tem nenhuma prática do que seja a realidade da contabilidade. O que vejo é que não se pode qualificar quem é bom ou ruim só por um exame, se fosse assim, não era necessário passarmos 4 anos estudando contabilidade em um curso superior, seria necessário apenas passar no exame que já estaria com direito liquido e certo que vai ser um bom profissional.

O professor Christian em seu comentário sobre a prova disse: "Essa prova teve uma quantidade de Normas Brasileiras de Contabilidade muito grande, POUCA DOUTRINA, ENTENDIMENTOS, PRÁTICAS etc..., COMO PROFESSOR, ISSO É RUIM, O ALUNO DEIXA DE RACIOCINAR O CONTEÚDO PARA DECORAR."

Diante do que o professor Christian disse, vejo que o exame é decoreba, basta decorar, não é necessário entender de contabilidade, ou seja, qualquer pessoa mesmo sem ter conhecimento da doutrina contábil se decorar as normas passa.

Já para o Josimar Alcantara que é perito e auditor técnico, professor da Universidade Estadual do Piauí e Professor Coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santo Agostinho - Teresina-PI diz que:

'' Dentro do sistema CFC/CRC é necessário criar uma comissão que possa acompanhar a avaliação de reconhecimento de curso e de renovação formada por profissionais capazes de avaliar a qualidade do ensino promovido pelas Instituições de Ensino"

Diante do exposto fica a mesma pergunta: SERÁ QUE O EXAME DE SUFICIÊNCIA É A ÚNICA E DEFINITIVA maneira de dizer se o profissional vai ser bom ou não?

Abraços,

Sérgio Batista


Sérgio Batista
Contador
Esp. em Contabilidade, Planejamento Tributário e Societário
***************************************************
Victor Hugo

Victor Hugo

Prata DIVISÃO 5, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 5 outubro 2011 | 10:26

Minha opinião!!!

Exame pra todos!!!!!
Todos os que vão se formar e TODOS QUE JÁ SE FORMARAM que obteve a Carteirinha sem o exame!!!

Justiça pra todos... Igualdade a todos!!!!

Victor Hugo
CRC 1SP305124/O-2

Victor Hugo

Victor Hugo

Prata DIVISÃO 5, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 5 outubro 2011 | 10:37

Sérgio Batista... concordo com sua opinião!!!!


Não é um exame que define o bom e o mau....

Penso que:
Se existe esse exame, não precisa de faculdade, assim podendo qualquer um fazer esse exame sem concluir a faculdade!!! minha opnião...

Pra mim o CRCs são péssimos, só sabe cobrar...

Victor Hugo
CRC 1SP305124/O-2

suely luzia pereira

Suely Luzia Pereira

Bronze DIVISÃO 3, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 5 outubro 2011 | 10:39

Concordo com o Victor ,

E ainda acho mais deveria todo ano o profissional passar por um exame deste para se atualizar com as normas porque não so de pratica vive o profissional.

É a minha opinião respeito a de vocês, porém penso assim, fiz a de técnico em 2003 quando quis tirar meu CRC e passei de primeira, e agora terminei minha faculdade em julho e fiz a de contador e também passei de primeira, meu amigo tenho a pratica e a teoria, basta querer.

Abraços.

Murielson Alves

Murielson Alves

Prata DIVISÃO 1, Analista Contabilidade
há 12 anos Quarta-Feira | 5 outubro 2011 | 10:41

Bom dia,

Pessoal acho que estamos perdendo o foco. O Exame veio pra "Selecionar" aqueles que estão aptos para exercerem a profissão, um medidor de capacidade para aqueles que estão saindo das universidades.

O erro esta exatamente na forma como é aplicado esse exame, apenas uma única vez ao final ou após o termino do curso de graduação, deveria ser feito gradualmente durante o periodo do curso avaliando por etapas durante a graduação.

O Brasil possui maneiras criativas de se fazer o errado parecer certo. O uso dos Exames (tanto para OAB quanto para o CFC) é a mais pura contradição, pois se o MEC aprova e autoriza a execussão do curso, é portanto dado o "aval" de que aquele curso irá qualificar os formandos para atuarem nas suas respectivas areas.

Os conselhos e ordens de classe deveriam realizar um trabalho junto as universidades, e não apenas uma "prova" para então dizer se esta ou não apto.

Concordo com o que disse o colega Sérgio Batista, o exame não é suficiente para ser o único medidor de capacidade.

Abraços.

Victor Hugo

Victor Hugo

Prata DIVISÃO 5, Contador(a)
há 12 anos Quarta-Feira | 5 outubro 2011 | 10:48

Murielson Alves....

Perfeito sua opinião!!!! é isso ai.....
Não podemos ficar 4 ano na faculdade e chegar numa prova e correr o risco de perder o direito de exercer... pois muita gente fica nervoso com provas!!!

Essas provas deveria ser aplicado durante o curso!!!!!

Se o Mec e o Cfc aprova a faculdade a aplicar o curso, então pra que esse exame???

Victor Hugo
CRC 1SP305124/O-2

Página 1 de 2
1 2

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.