Bom dia Stênio,
De acordo com as informações prestadas, você auferiu rendimentos líquidos de 68.094,90 que somados ao empréstimo contraído no valor de 28.940,00 lhe proporcionou uma entrada de dinheiro no total de 97.034,90
Informou a aquisição de bens e/ou de direitos no valor de 91.943,12 dos quais 7.483,58 não foram pagos e podem representar saldos devedores em contas correntes, parcelas de financiamentos sem garantia fiduciária ou empréstimos vincendos em 2008.
Tecnicamente você dispôs de 12.575,36 no ano para cobertura dos gastos, o que equivale a média mensal de R$ 1.047,94
Com este dinheiro, você deverá pagar as despesas não incluídas em sua DIRPF, tais como as com alimentação, manutenção dos veículos, a parte excedente aos 2.480,66 declarados com despesas de instrução, roupas e calçados, locomoção, diversão, etc., para você e os dependentes que tenha declarado.
Em princípio não ficará em malha fina, a menos que tenha movimentado muito mais dinheiro do que declarou ter recebido ou tomado emprestado. Farão prova dos gastos, a movimentação bancária e dos cartões de crédito, a aquisição de móveis e/ou imóveis em totais superiores aos declarados, etc.
Neste caso, se por omissão ou informações fraudulentas você for notificado, certamente o fisco fará uma análise bem mais detalhada, tendo como base suas últimas declarações e, principalmente, o estilo de vida.
Outras questões serão levantadas com o propósito de comprovar provável sonegação. Perguntas do tipo "Pode alguém que disponha de pouco mais de mil reais mensais, gastar muito mais do que isto com viagens, cartões de crédito, manutenção de veículos, etc.?" ou seja, neste caso, seu status ou nível de vida servirá também como base para análise fiscal.
No entanto (repito) não havendo indicadores que provem que suas informações são incompletas, incorretas ou inverídicas, não há motivos para preocupação, pois a evolução patrimonial está perfeitamente justificada.
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