Por outro lado, 41,2% dos entrevistados com recursos a receber disseram que o destino será a quitação de dívidas em atraso, e 24% pretendem poupar.
Segundo a pesquisa, 11,9% não souberam dizer como utilizarão os recursos. O pagamento de impostos foi citado por 2,7% e outras finalidades não especificadas por 10,6%.
Foram consultados 2.042 brasileiros entre os dias 02 e 22 de março.
Levando-se a expectativa do governo de uma liberação de R$ 43,1 bilhões até o final de junho, R$ 2,1 bilhões devem ser utilizado para o consumo de bens e R$ 1,6 bilhão para gastos com lazer, segundo o estudo. Já R$ 30,8 bilhões deverão ser destinados à quitação de débitos ou poupança, R$ 3,9 bilhões se destinarão a outras finalidades e R$ 1,2 bilhão deverá retornar aos cofres públicos como pagamento de impostos. Outros R$ 3,6 bilhões de recursos ainda não possuem destino definido.
"De qualquer forma, este cenário pode ser considerado como positivo para a retomada do crescimento da economia brasileira: ao contribuir para quitação de dívidas e ao maior equilíbrio do orçamento doméstico no primeiro momento, abre-se o caminho para o aumento do consumo a seguir", destaca o estudo.
O estudo mostra ainda que a intenção de consumo varia de acordo com a renda. Entre os consumidores com renda familiar até R$ 2.100, 60% destinarão os recursos para pagamento de dívidas enquanto apenas 3% planejam usar estes recursos para consumo de bens ou em lazer. Já entre os brasileiros com renda familiar mensal superior a R$ 9.600 mensais, 9,2% planejam usar o recurso com consumo de bens e serviços. O maior ímpeto para gastos com consumo ocorreu na faixa de renda familiar entre R$ 2.100 e R$ 4.800 mensais, com 8,5% das intenções.
Tem direito a sacar o dinheiro do FGTS quem tem saldo em uma conta inativa até 31 de dezembro de 2015. Uma conta fica inativa quando deixa de receber depósitos da empresa devido à extinção ou rescisão do contrato de trabalho. O trabalhador deve estar afastado do emprego pelo menos desde o fim de 2015.
Fonte: G1