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Vagas temporárias: Entenda como funcionam as contratações para o fim de ano

Cerca de 100 mil vagas temporárias devem ser abertas em todo país para as festas de fim de ano.

25/11/2019 16:59

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Vagas temporárias: Entenda como funcionam as contratações para o fim de ano

Vagas temporárias: Entenda como funcionam as contratações para o fim de ano

O número de vagas temporárias abertas para atender as demandas das festas de final de ano, como Natal e Ano Novo, deve crescer 8% em relação ao mesmo período do ano passado. A previsão é que cerca de 100 mil vagas abram em todo o país.

O levantamento realizado pela Fecomércio mostra que houve um crescimento de vagas no Estado de São Paulo em relação ao ano passado. Em 2018, foram registrados 30.500 novos contratos. A previsão deste ano é que haja 33 mil vagas temporárias.

Além disso, há expectativa de crescimento de contratações também no interior e no litoral. Em Franca (400 km de São Paulo) devem ser abertas mil vagas. Em jundiaí (58 km de SP), a previsão é contratar 2 mil funcionários. No litoral paulista, os lojistas de santos preveem a possibilidade de 800 vagas na região.

Crescimento da Economia vai gerar novos postos de trabalho temporários

Os dados apontam uma melhora na economia, já que o número de contratados em 2018 sofreu uma ligeira queda de 3% comparada à 2017.

Para Jaime Vasconcellos, assessor econômico da FecomercioSP, dois motivos contribuem para essa expectativa de crescimento nas contratações temporárias para o fim de ano: o caixa das empresas e a confiança das empresas.

“Nós observamos que a receita bruta corrente do varejo paulista cresce 5% em 2019, em relação a 2018. Outro ponto se refere à confiança. O comércio está 10% mais confiante. Essa junção de melhor caixa e expectativas otimistas garantem mais investimento e, consequentemente, mais contratações no fim de ano”, explica o assessor.

Além disso o 13º salário e a liberação do FGTS também deve impulsionar o consumo dos brasileiros neste final de ano, fazendo que os brasileiros gastem mais para as festas de final de ano. Isso, aumenta a demanda dos comércios que necessita de mais funcionários.

O setor que mais deve empregar trabalhadores é o comercial. Metade das vagas a serem abertas são destinadas para o varejo de vestuário, 25% para supermercados, e outros 25% divididos em eletrodomésticos, eletrônicos, farmácias e comércios de imóveis.

Os salários oferecidos chegam a R$ 1.996, mas é possível ganhar mais com gorjetas e comissões.

Ouça a entrevista com Jaime Vasconcellos, assessor econômico da FecomercioSP

Se preparando para as Contratações

De acordo com Mônica Hauck, sócio fundadora da Sólides, os interessados nas vagas temporárias devem se preparar para as contratações.

Para ela, é importante procurar empresas que se assemelhem ao perfil profissional e valores do candidato. “Busque uma oportunidade que tenha a ver com você e que te trará felicidade e realização”, aconselha a especialista.

Ter horários flexíveis também é fundamental, de acordo com Mônica Hauck. Normalmente as vagas temporárias de final de ano se destinam a horários fora do comum, por isso é importante ter horários flexíveis para preencher esse pré-requisito.

Como preencher o currículo

Para chamar atenção dos recrutadores, a primeira dica é caprichar no currículo. “Ele deve ser deve ser simples e objetivo. Currículos longos demais e com muitas informações, acabam não sendo efetivos”, explica.

De acordo com a especialista é importante focar nas informações que são relevantes para a oportunidade. Também é importante que essas informações estejam distribuídas de uma forma coerente e em ordem cronológica.

“Faça um resumo inicial sobre você para que, em um parágrafo, a pessoa que esteja recrutando já entenda um pouco da sua trajetória e, caso ela tenha interesse, percorra o restante do currículo para as informações mais detalhadas.”

Uma boa dica é procurar perfis no Linkedin e se inspirar no perfil das pessoas que já trabalham na empresa ou que ocupam o cargo que você deseja. Assim, o candidato consegue verificar como as informações são passadas e ficar mais alinhado ao candidato concorrente.

Dicas para a Entrevista de Emprego

De acordo com a empresária, para se preparar para uma entrevista de emprego é fundamental se autoconhecer. No momento da entrevista, é importante saber informar quais são seus pontos positivos, seus pontos a desenvolver, o motivo pelo qual você quer a posição, entre outros aspectos.

“Não monte um discurso pronto. Não pense em dizer o que o recrutador quer ouvir. Apenas diga o que você de fato pensa e já viveu em relação a cada pergunta que será feita. Dessa forma, se você preencher as características técnicas e profissionais que a empresa e a vaga estiverem buscando, a chance de contratação é grande”, afirma Mônica.

Também é muito relevante quanto o candidato demonstra interesse, engajamento com o processo seletivo e até com a própria organização ao mostrar que conhece a empresa.

Por isso, pesquise o site, página do Linkedin, redes sociais, avaliações que a empresa possui e qualquer outra informação para que consiga entender, minimamente, qual é a principal atividade da empresa.

Direitos do funcionário temporário

Em geral, o trabalhador temporário possui os mesmos direitos dos demais empregados. Receberá, por exemplo, férias e 13º salário, embora proporcionais ao tempo trabalhado.

A diferença está nas verbas a serem recebidas com o término do contrato. Uma vez que existe um prazo para o fim da prestação de serviço, o trabalhador não tem direito a aviso-prévio, seguro-desemprego e nem indenização correspondente a 40% do FGTS.

Além disso, o trabalho temporário possui um prazo para terminar, que não pode exceder 180 dias, consecutivos ou não, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, caso os motivos que justificaram a contratação permaneçam.

Porém, encerrado o prazo, o contrato chega ao seu término e o trabalhador só pode trabalhar para a mesma empresa tomadora do serviço após 90 dias.

Chances de efetivação

Vale lembrar que, de acordo com os dados da Fecomércio, das 33 mil vagas previstas, em torno de 10% a 15% têm boa possibilidade de serem efetivadas. Para isso, o trabalhador deve ir além do arroz com feijão, segundo Mônica Hauck.

“Ter comprometimento, engajamento, responsabilidade, bom relacionamento e boa postura profissional são pontos essenciais. Mas, principalmente, tenha uma escuta ativa para receber críticas e saber de seus pontos de melhoria e trabalhar para desenvolvê-los”, aconselha a especialista.

Por fim, ela indica absorver todo o conhecimento possível durante o período do trabalho temporário e procurar não só apenas atender ao que foi exigido, mas realmente somar para a equipe e para a empresa.

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