A Caixa Econômica Federal anunciou a possibilidade de pausar em até 120 dias os pagamentos de prestações de contratos de empréstimo acertados por pessoas físicas e jurídicas, incluindo os habitacionais.
A fim de evitar aglomerações nas agências e garantir que os clientes e beneficiários disponham de um serviço de qualidade, a Caixa oferece a possibilidade de pausar as prestações de contratos de habitação de maneira digital
Para quem deseja aderir ao respiro proporcionado pelo banco, será preciso solicitar a pausa das prestações pelo aplicativo Habitação CAIXA, que está disponível para Android. Não há necessidade de comparecer nas agências.
Também é possível fazer a solicitação por meio do telefone 3004-1105 ou 0800 726 0505, opção 7.
De acordo com a Caixa, a medida visa minimizar impactos da queda na atividade econômica gerados pela crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
Além da pausa em duas parcelas, o banco também reduziu juros nas linhas de crédito pessoal (consignado a partir de 0,99% ao mês, penhor a partir de 1,99% e CDC a partir de 2,17%).
Já para micro e pequenas empresas, o banco informou que haverá redução de juros de até 45% nas linhas de capital de giro, com taxas a partir de 0,57% ao mês.
Novo prorrogamento
Na última sexta-feira (3), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães, em entrevista para a Rádio Jornal, admitiu a possibilidade de prorrogar a suspensão do financiamento habitacional.
Em maio, o período máximo passou de 90 para 120 dias. Assim, quem solicitasse a suspensão temporária das prestações teria quatro meses de pausa garantidos. A medida, que está em funcionamento desde abril, faz parte das ações para enfrentar os efeitos causados à economia pela pandemia de covid-19.
"Sim, podemos estudar", foi a resposta de Guimarães ao questionamento sobre a prorrogação. Ele afirmou, ainda, que o banco vai sempre "tomar as decisões que amparem a população geral, sempre com muita conversa e senso comum".
"Se houver a necessidade, faremos sim. Enquanto estivermos em um momento delicado, iremos ajudar a população", garantiu.
Atualmente, a ampliação do prazo vale para pessoas físicas e jurídicas, no caso de financiamentos à produção de empreendimentos e para os financiamentos de aquisição e construção de imóveis comerciais – individual.
Quem solicitar a pausa no contrato terá que pagar juros, seguros e taxas, que serão acrescidos ao saldo devedor do contrato. De acordo com o banco, a taxa de juros e o prazo contratados originalmente não sofrem alteração. Os clientes com pagamentos em dia ou aqueles com pagamentos em atraso por, no máximo, 18 meses, podem solicitar a carência.
Clientes que utilizaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para abater uma parte da prestação também podem solicitar o serviço. No caso de pessoas jurídicas, a possibilidade de pausa nas prestações é permitida para quem está sem pagar no prazo no máximo duas parcelas (atraso de 60 dias).