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27% das brasileiras têm medo de serem demitidas por serem mães e 21% já foram desligadas após a licença-maternidade

Estudo revela ainda que em estados como Distrito Federal e Espírito Santo a porcentagem de mães com receio da demissão sobe para 38%.

22/11/2022 14:00:01

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27% das mulheres têm receio da demissão por serem mães

27% das brasileiras têm medo de serem demitidas por serem mães e 21% já foram desligadas após a licença-maternidade Foto: Jep Gambardella/Pexels

Um novo estudo revelou que 27% das mulheres brasileiras têm medo de serem demitidas após retornarem ao trabalho depois do período, garantido por lei, da licença-maternidade.

O receio das trabalhadoras foi revelado em uma pesquisa feita pela Famivita, empresa especializada em saúde feminina, que ainda levantou que este medo é maior entre as mulheres de 25 a 29 anos.

Quando avaliado por regiões do Brasil, os dados apontam que a situação é ainda mais intensa nos estados do Distrito Federal e Espírito Santo, onde 38% das entrevistadas tiveram medo de serem demitidas.

Em São Paulo, o nível é maior que a média do país, com 31%, e no Rio de Janeiro o índice alcançou 27%. Em Santa Catarina e Minas Gerais esta preocupação fica abaixo da média, caindo para 24% das mulheres. 

A licença-maternidade não é um extra que as gestantes solicitam, mas sim um direito previsto e regulamentado no país desde 1943, com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) .

A lei garante afastamento de 120 dias (aproximadamente quatro meses) e ainda prevê um prazo de estabilidade após o retorno ao trabalho.

Avaliando o período previsto por lei, 36% das entrevistadas afirmaram que a licença-maternidade deveria ser de pelo menos 12 meses, já  92% concordaram que quatro meses é um tempo muito curto para a finalidade da licença. 

Mesmo com o direito e a lei ao seu lado, 21% das colaboradoras entrevistadas revelaram terem sido demitidas logo após retornar da licença-maternidade. 

Além disso, 54% não conseguiram retornar ao trabalho após os quatro meses previstos e 20% conseguiram voltar somente após seis meses, graças a licença de 180 dias do setor público.

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