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Entidades recebem Sefaz/SP e RFB para debater Sped e NF-e

07/11/2008 00:00

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Entidades recebem Sefaz/SP e RFB para debater Sped e NF-e

Com apoio do SESCON-SP, a FIESP e o CIESP realizaram no dia 05/11, Seminário sobre Nota Fiscal Eletrônica (NFE) e o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), evento que reuniu cerca de 600 empresários na sede da Federação, com transmissão simultânea nas regionais do CIESP. Esses projetos, que já estão em fase de implementação, visam a redução de obrigações e de custos e também o combate à sonegação.

O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) inclui os projetos Sped Contábil e Fiscal e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Os projetos contidos no Sped têm o objetivo de diminuir as obrigações acessórias das empresas, com a substituição dos documentos em papel por documentos eletrônicos com validade jurídica - possível por meio da certificação digital.

De acordo com o secretário-adjunto da Receita Federal do Brasil, Otacílio Dantas Cartaxo, "é um projeto complexo, de porte nacional, que pretende criar um ambiente de negócios saudável. Além da melhoria nos procedimentos e dos ganhos de custos, o Sped vai possibilitar a redução da litigiosidade entre os fiscos e o mundo empresarial, e preservar a concorrência leal".

Já o auditor fiscal da Receita Federal Carlos Sussumu Oda explicou o que novo sistema foi inserido como prioridade no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal no período de 2007-2010, que prevê o compartilhamento de informações entre a Receita Federal e as secretarias de Fazenda dos Estados e municípios. "Será uma base única de dados. Um ambiente nacional que possibilite o acesso de todos os entes participantes, ao invés de cada um criar sua própria infra-estrutura tecnológica para armazenagem de dados", garantiu.

Racionalização
O coordenador da Administração Tributária da Fazenda paulista, Otavio Fineis Junior, explicou que no final dos anos 60 foi criado um conjunto de obrigações acessórias no sistema tributário nacional, e surgiram os sistemas eletrônicos de processamento de dados - duas realidades que andaram paralelas, e só agora começam a se fundir. "Houve, durante todo esse tempo, uma redundância de ações e um retrabalho enorme, porque não conseguimos nos libertar da cultura do papel", avaliou.

Para ele, o Sped é uma ferramenta que ataca este problema, uma "nova realidade" que vem sendo construída desde 2004. Naquele ano, foi realizado o primeiro Encontro Nacional de Administradores Tributários (ENAT), em Salvador (BA), onde foram discutidas as primeiras idéias para a criação do novo sistema. "O Sped significa na história do Fisco a entrada no século 21", ressaltou Luiz Sérgio Fonseca Soares, superintendente da Receita Federal em São Paulo.

NF-E deve atingir 20 mil empresas
A Nota Fiscal Eletrônica, que já é exigida desde abril para os setores de cigarros e combustíveis líquidos, a partir de dezembro será obrigatória para novos setores da indústria. Até o final de 2009, deverá enquadrar mais 60 atividades, o que deverá atingir cerca de 20 mil empresas, de acordo com Clovis Antonio de Souza, líder substituto do projeto NF-e.

Existem aproximadamente 3,6 bilhões de notas fiscais armazenadas no estado de São Paulo, que devem ser mantidas pelo prazo de cinco anos - com o custo de até 5% do faturamento das empresas.

Atualmente, mais de 2.900 contribuintes paulistas já emitem o documento eletrônico, e cerca de 15 milhões de notas já foram autorizadas em São Paulo - com destino para todos os estados, para a Superintendência da Zona Franca de Manaus e em operações de comércio exterior. No País, já foram emitidas 42,3 milhões de notas fiscais eletrônicas, num total de R$ 897 bilhões em operações, segundo Jerson Aloísio Prochnow, auditor fiscal da Receita Federal.

A obrigatoriedade da Escrituração Contábil Digital (ECD), ou Sped Contábil - em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008 - já vale para as empresas sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB 11.211/07, e sujeitas à tributação do imposto de renda com base no lucro real.

As demais empresas optantes pelo lucro real entram no sistema a partir de janeiro de 2009 - quando 2.934 estabelecimentos paulistas da indústria e do atacado também estarão obrigados a se adequar ao Sped Fiscal (Escrituração Fiscal Digital - EFD).

Início das novas operações
As empresas Gerdau e Wickbold foram duas das primeiras a participar dos projetos. Para Carlos Alberto Pinto, gerente de controladoria e gestor do projeto NF-e da Wickbold, o que viabilizou o sucesso do sistema foi o modelo participativo, em que as companhias puderam fazer propostas e ajudar a construir um sistema adequado às suas necessidades.

A fabricante nacional de pães e alimentos investiu 250 mil dólares para participar do projeto, e é responsável por 17% do total de notas já emitidas no Brasil. Entre as principais vantagens, o gerente da empresa destaca a redução do custo de operações internas, a agilização dos processos logísticos e a concorrência mais justa. "O empresário deve olhar o projeto como uma ferramenta de gestão, e uma oportunidade de ajustar ou corrigir processos internos. Este é o verdadeiro ganho", pontuou.

Para o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar toda novidade que propõe a racionalização das obrigações acessórias é bem-vinda, porém o governo deve estar atento para a realidade das micro, pequenas e médias empresas, que não estão preparadas para investir tanto em tecnologia a curto-prazo.

O presidente da FIESP e do CIESP, Paulo Skaf, ressaltou a principal preocupação das empresas com a integração de informações fiscais e contábeis. "O sigilo fiscal está garantido constitucionalmente e não vamos admitir que ele seja quebrado. A fiscalização deverá ser feita dentro do que determina a lei".

Os diretores do SESCON-SP Márcio Shimomoto, Terezinha Annéia, Wilson Gimenez e Jorge Luiz Segeti participaram do evento.

Fonte: Assessoria de Imprensa do SESCON-SP

Enviado por: Wilson Fortunato

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