Nesta terça-feira (21), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Fake Agents que mira uma associação criminosa envolvida em saques fraudulentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de atletas profissionais de futebol. O esquema já causou prejuízos milionários.
Nesta fase da operação da PF, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro e os alvos são dois investigados suspeitos de sacar R$ 2,3 milhões do FGTS de um jogador, de forma irregular.
A atuação criminosa teria como alvo jogadores que acumulam recursos substanciais no fundo, tornando-os vulneráveis.
A operação, que teve início em 28 de maio de 2024, teve a primeira fase da Fake Agents e, na ocasião, a PF realizou seis mandados de busca e apreensão na região metropolitana de São Paulo, desarticulando parte do esquema.
A investigação é conduzida pela Força-Tarefa PF e Caixa Econômica Federal, criada para combater fraudes que prejudicam a União Federal.
O esquema envolvia a falsificação de documentos para acessar valores significativos do FGTS de atletas.
Os investigados usavam técnicas sofisticadas para burlar o sistema de segurança da Caixa e, conforme suspeita a polícia, o grupo contava com informações privilegiadas e documentos falsificados para concretizar os saques.
Além dos prejuízos financeiros, o esquema traz impactos para a reputação da Caixa e para os próprios atletas. Com isso, as autoridades reforçam que a ação visa proteger tanto o patrimônio dos jogadores quanto os recursos da União.
Agora, os suspeitos podem responder por associação criminosa, estelionato qualificado e lavagem de dinheiro e as penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão, dependendo da gravidade e do envolvimento de cada um.
Segundo afirma a PF, as investigações continuam, com foco na identificação de outros possíveis integrantes da organização criminosa e espera-se que novas fases da operação sejam realizadas nos próximos meses.
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Com informações do Metrópoles