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PF apura fraudes no Caixa Tem e prejuízo bilionário; servidores estariam envolvidos

Investigação envolve suborno e prejuízo de quase R$ 2 bilhões.

17/04/2025 14:00

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Polícia Federal investiga fraudes no Caixa Tem com participação de servidores

PF apura fraudes no Caixa Tem e prejuízo bilionário; servidores estariam envolvidos

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (15) a Operação Farra Brasil 14, no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes por meio do aplicativo Caixa Tem — ferramenta responsável pelo pagamento de benefícios sociais do governo federal.

De acordo com a PF, os investigados subornavam funcionários da Caixa Econômica Federal e de casas lotéricas para obter acesso indevido aos valores disponibilizados via aplicativo. Durante a ação, foram apreendidos 20 celulares, seis notebooks, dois veículos e documentos diversos, que agora serão periciados para subsidiar as investigações.

Ações se espalham por sete municípios fluminenses

Cerca de 80 policiais federais participaram da operação, cumprindo 23 mandados de busca e apreensão em municípios como Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras. A Justiça Federal determinou ainda medidas cautelares alternativas à prisão para 16 investigados.

Segundo as investigações, os principais alvos das fraudes são beneficiários de programas sociais, mas o golpe também afetava trabalhadores com saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Seguro-Desemprego — todos operados pelo Caixa Tem.

Prejuízo de quase R$ 2 bilhões

Desde que o aplicativo foi lançado, em abril de 2020, a Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas, vinculada à Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF, já identificou aproximadamente 749 mil processos de contestação, totalizando prejuízo de quase R$ 2 bilhões.

As investigações contam com apoio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraudes (Cefra), em Brasília, e da Corregedoria Regional da Caixa, no Rio de Janeiro.

Crimes e penas

Os investigados poderão responder por organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, além de inserção de dados falsos em sistemas de informação. As penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Caixa reforça atuação contra fraudes

Em nota oficial, a Caixa Econômica Federal afirmou que colabora com as autoridades nas apurações e que as informações relacionadas às fraudes são sigilosas e compartilhadas exclusivamente com os órgãos competentes.

O banco também destacou que realiza monitoramento contínuo de seus serviços e transações, além de contar com estratégias e tecnologias especializadas para garantir a segurança dos clientes e canais de atendimento.

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