A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo apreenderam R$ 700 mil em dinheiro vivo em Boa Vista, capital de Roraima, na última semana. O valor estava com um homem cuja conta bancária recebeu grandes quantias vindas de empresas envolvidas em recente furto bancário eletrônico, conhecido como hackeamento de contas ligadas ao Banco Central.
O caso integra a Operação Magna Fraus, conduzida pela PF e pela Promotoria de São Paulo, que investiga o golpe eletrônico ocorrido em 30 de junho. A fraude causou um rombo estimado em mais de R$ 500 milhões, atingindo contas de liquidação de oito bancos e instituições financeiras, além de esvaziar contas usadas para pagamentos instantâneos.
Investigação conjunta com Banco Central e COAF
Segundo a Polícia Federal, a prisão do suspeito decorreu do intercâmbio regular de informações entre a PF, o Banco Central e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O COAF reporta à Polícia Federal transações atípicas e movimentações financeiras suspeitas, o que facilitou a identificação do envolvimento do homem com recursos ilícitos.
O suspeito foi detido após ser flagrado com os R$ 700 mil em espécie dentro de uma residência na capital roraimense. Ele foi autuado por lavagem de dinheiro, pois não apresentou justificativas plausíveis para a posse do alto montante em dinheiro vivo.
Contexto da maior fraude eletrônica no sistema financeiro
O ataque eletrônico, considerado o maior já registrado contra o sistema financeiro brasileiro, comprometeu contas de liquidação de diversos bancos. A fraude envolveu o acesso indevido via uma empresa de software que possuía conexão com o Banco Central, o que possibilitou a movimentação ilegal dos recursos.
As investigações revelam que o golpe afetou as operações de pagamento instantâneo, causando prejuízos significativos e expondo vulnerabilidades na segurança do sistema financeiro nacional.
Impactos e resposta das autoridades
Além do prejuízo financeiro de mais de R$ 500 milhões, o incidente levantou questionamentos sobre os mecanismos de proteção das instituições financeiras contra ataques cibernéticos.
A colaboração entre órgãos como a Polícia Federal, o Ministério Público, o Banco Central e o COAF exemplifica o esforço integrado para coibir crimes financeiros e proteger o mercado contra fraudes eletrônicas.
Para o setor contábil e financeiro, o caso reforça a necessidade de rigor na análise das operações financeiras e no monitoramento de transações atípicas, que podem indicar lavagem de dinheiro ou outras práticas ilícitas.
Segurança financeira e prevenção de fraudes
Com o avanço das tecnologias digitais, os golpes eletrônicos tendem a se sofisticar, exigindo atualização constante dos sistemas de segurança e a implementação de controles internos eficazes por parte de bancos e empresas.
A atuação conjunta das autoridades brasileiras é fundamental para garantir a integridade do sistema financeiro e reduzir riscos para investidores, clientes e instituições.
Com informações adaptadas do Estadão Conteúdo