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FRAUDE PREVENCIÁRIA

Criminosos usam curadores falsos para fraudar benefícios do INSS

Golpe invade contas gov.br de aposentados, insere falsos representantes legais e bloqueia acesso aos pagamentos e serviços digitais.

16/09/2025 11:30

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Golpe no INSS usa curadores falsos para desviar benefícios

Criminosos usam curadores falsos para fraudar benefícios do INSS

Um novo esquema de fraude previdenciária tem sido identificado no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Criminosos invadem contas gov.br de aposentados e os registram no aplicativo Meu INSS como se fossem civilmente incapazes, vinculando falsos curadores judiciais.

Segundo relatos, após a alteração, o aposentado deixa de ser reconhecido como capaz para responder pelos próprios atos. O sistema passa a exigir a atuação de um representante legal, impedindo a vítima de gerenciar seu benefício ou remover administrativamente o nome do curador.

Modus operandi e impacto sobre aposentados

Os fraudadores executam o golpe anexando sentenças judiciais falsas e documentos de identificação adulterados. As falsificações apresentam falhas, como incongruências em timbrados, erros de nomes de juízes e números de processos inexistentes. Mesmo assim, o INSS aprova a inclusão do curador.

Após assumir o controle da conta, os criminosos transferem valores para outros bancos, contraem dívidas e bloqueiam o acesso do aposentado à sua renda mensal.

Exigência legal e vulnerabilidades apontadas

A legislação previdenciária permite que representantes legais façam requerimentos em nome de aposentados quando há incapacidade civil, desde que designados por decisão judicial válida. São reconhecidos como representantes o tutor nato, tutor, curador, detentor de guarda ou administrador provisório.

No entanto, de acordo com as informações disponíveis, mesmo sem um requerimento formal de curadoria e com documentos com erros visíveis, o sistema tem validado as inclusões. Para reverter o golpe, o INSS informa que a exclusão do falso curador só pode ocorrer por meio de processo judicial.

Golpe recente e riscos adicionais

O esquema é recente e não depende de dados fornecidos previamente pela vítima. Especialistas alertam que a vulnerabilidade do sistema indica falhas na segurança das informações da administração pública.

A fraude também amplia os riscos além do âmbito previdenciário. A conta gov.br é usada para acessar cerca de 4.800 serviços digitais, incluindo informações da Carteira de Trabalho Digital (CTPS), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Sistema Único de Saúde (SUS) e imposto de renda. Uma vez comprometida, pode ser usada para outras ações fraudulentas.

A conta gov.br não é usada apenas para o Meu INSS. Ela dá acesso a cerca de 4.800 serviços digitais, como Carteira de Trabalho Digital (CTPS), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Sistema Único de Saúde (SUS) e imposto de renda. Quando invadida, pode servir de porta de entrada para novos golpes e fraudes em larga escala.

O golpe envolvendo a inserção de curadores falsos no Meu INSS demonstra vulnerabilidades na verificação de documentos e procedimentos digitais. O processo de reversão exige decisão judicial, o que prolonga o tempo de solução para as vítimas e pode comprometer a integridade de benefícios previdenciários e dados pessoais.

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