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Cálculo redução INSS Lei 11774/08 decr. 6945/09

ELIANE MAMEDE SARAIVA

Eliane Mamede Saraiva

Bronze DIVISÃO 4 , Coordenador(a)
há 14 anos Quinta-Feira | 27 janeiro 2011 | 15:53

Amigos
Minha empresa pretende beneficiar-se da lei 11774 que prevê redução pela subtração de 1/10 da contr. previdenciaria patronal de 20%. Conf. art. 9 da lei, atendemos os pré-requisitos para este benefício, mas não encontro em nenhum local uma tabela prática que oriente como elaborar este cálculo, que na lei está muito confuso...
Poderiam ajudar-me? Seguem minhas dúvidas:
1. como funciona o cálculo, de modo prático ?
2. Vocês teriam um a tabela ou memória de calculo que nos orientasse neste sentido ?
3. Poderemos nos utilizar da redução TODOS os meses até 1º de setembro de 2014?
4. Podemos utilizar como base o valor da folha de pagamento de todo o pessoal CLT da fábrica de software ou temos de determinar quais os funcionários estão diretamente ligados ao serviço exportado?

Paulo Cesar dos Santos

Paulo Cesar dos Santos

Prata DIVISÃO 1 , Auxiliar Contabilidade
há 14 anos Sexta-Feira | 28 janeiro 2011 | 09:01

DECRETO Nº 6.945, DE 21 DE AGOSTO DE 2009.

Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3048, de 6 de maio de 1999, em conformidade com o disposto no art. 14 da Lei 11774, de 17 de setembro de 2008, que trata da redução das alíquotas da Contribuição Previdenciária referidas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei 8212, de 24 de julho de 1991, em relação às empresas que prestam serviços de tecnologia da informação-TI e de tecnologia da informação e comunicação-TIC.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 14 da Lei 11774, de 17 de setembro de 2008,

DECRETA:

Art. 1oO Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3048, de 6 de maio de 1999, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 201-D:

“Art. 201-D.As alíquotas de que tratam os incisos I e II do art. 201, em relação às empresas que prestam serviços de tecnologia da informação-TI e de tecnologia da informação e comunicação- TIC, ficam reduzidas de acordo com a aplicação sucessiva das seguintes operações:

I-subtrair do valor da receita bruta total de venda de bens e serviços relativa aos doze meses imediatamente anteriores ao trimestre-calendário o valor correspondente aos impostos e às contribuições incidentes sobre venda;

II-identificar, no valor da receita bruta total resultante da operação prevista no inciso I, a parte relativa aos serviços mencionados nos §§ 3o e 4o que foram exportados;

III-dividir a receita bruta de exportação resultante do inciso II pela receita bruta total resultante do inciso I;

IV-multiplicar a razão decorrente do inciso III por um décimo;

V-multiplicar o valor encontrado de acordo com a operação do inciso IV por cem, para que se chegue ao percentual de redução;

VI-subtrair de vinte por cento o percentual resultante do inciso V, de forma que se obtenha a nova alíquota percentual a ser aplicada sobre a base de cálculo da contribuição previdenciária.

§1oA alíquota apurada na forma do inciso VI do caput será aplicada uniformemente nos meses que compõem o trimestre-calendário.

§2oNo caso de empresa em início de atividades ou sem receita de exportação até a data de publicação da Lei 11774, de 17 de setembro de 2008, a apuração de que trata o caput poderá ser realizada com base em período inferior a doze meses, observado o mínimo de três meses anteriores.

§ 3o Para efeito do caput, consideram-se serviços de TI e TIC:

I-análise e desenvolvimento de sistemas;

II-programação;

III-processamento de dados e congêneres;

IV-elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;

V-licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

VI-assessoria e consultoria em informática;

VII-suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e

VIII-planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

§4oO disposto neste artigo aplica-se também a empresas que prestam serviços de call center.

§5oNo caso das empresas que prestam serviços referidos nos §§ 3o e 4o, os valores das contribuições devidas a terceiros, denominados outras entidades ou fundos, com exceção do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação-FNDE, ficam reduzidos no percentual resultante das operações referidas no caput e de acordo com a aplicação sucessiva das seguintes operações:

I-calcular a contribuição devida no mês a cada entidade ou fundo, levando em consideração as regras aplicadas às empresas em geral;

II-aplicar o percentual de redução, resultante do inciso V do caput, sobre o valor resultante do inciso I;

III-subtrair, do valor apurado na forma do inciso I, o valor obtido no inciso II, o que resultará no valor a ser recolhido a cada entidade ou fundo no mês.

§6oAs reduções de que tratam o caput e o § 5o pressupõem o atendimento ao seguinte:

I-até 31 de dezembro de 2009, a empresa deverá implementar programa de prevenção de riscos ambientais e de doenças ocupacionais, que estabeleça metas de melhoria das condições e do ambiente de trabalho que reduzam a ocorrência de benefícios por incapacidade decorrentes de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais, em pelo menos cinco por cento, em relação ao ano anterior, observado o seguinte:

a)a responsabilidade pela elaboração do programa de prevenção de riscos ambientais e de doenças ocupacionais será, exclusivamente, de engenheiro com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura-CREA, que o assinará;

b)o programa de prevenção de riscos ambientais e de doenças ocupacionais elaborado deverá ser homologado pelas Superintendências Regionais do Trabalho, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Emprego, e será colocado à disposição da fiscalização da Secretaria da Receita Federal do Brasil e do Ministério do Trabalho e Emprego sempre que exigido;

II-até 31 de dezembro de 2010, a empresa que comprovar estar executando o programa de prevenção de riscos ambientais e de doenças ocupacionais implantado nos prazo e forma estabelecidos no inciso I, terá presumido o atendimento à exigência fixada no inciso I do § 9o do art. 14 da Lei 11774, de 2008;

III-a partir de 1o de janeiro de 2011, a empresa deverá comprovar a eficácia do respectivo programa de prevenção de riscos ambientais e de doenças ocupacionais, por meio de relatórios que atestem o atendimento da meta de redução de sinistralidade nele estabelecida;

IV-a partir do início da efetiva aplicação do FAP de que trata o art. 202-A, a empresa perderá o direito à redução:

a)se o respectivo FAP superar a média do segmento econômico, caso em que a perda do direito contará a partir de 1o de janeiro do ano seguinte ao da publicação dos índices;

b)se o respectivo FAP for inferior à média do segmento econômico e superar o FAP do exercício anterior em mais de cinco por cento.

§7oSem prejuízo do disposto no § 6o, as empresas dos setores de TI e de TIC só farão jus às reduções de que tratam o caput e o § 5o se aplicarem montante igual ou superior a dez por cento do benefício auferido, alternativa ou cumulativamente em despesas:

I-para capacitação de pessoal, relacionada a aspectos técnicos associados aos serviços de TI e TIC, referidos no § 3o, bem como a serviços de call centers, aí incluída a capacitação em temas diretamente relacionados com qualidade de produtos, processos ou sistemas, bem como a proficiência em línguas estrangeiras;

II-relacionadas ao desenvolvimento de atividades de avaliação de conformidade, incluindo certificação de produtos, serviços e sistemas, realizadas com entidades ou especialistas do País ou do exterior;

III-realizadas com desenvolvimento tecnológico de produtos, processos e serviços, sendo consideradas atividades de pesquisa e desenvolvimento em TI aquelas dispostas nos arts. 24 e 25 do Decreto 5906, de 26 de setembro de 2006; ou

IV-realizadas no apoio a projetos de desenvolvimento científico ou tecnológico, por instituições de pesquisa e desenvolvimento, conforme definidos nos arts. 27 e 28 do Decreto 5906, de 2006, devidamente credenciadas pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação- CATI ou pelo Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento da Amazônia-CAPDA.

§8oO valor do benefício e a especificação das contrapartidas referidos no § 7o deverão ser declarados formalmente pelas empresas beneficiárias, a cada exercício, ao Ministério da Ciência e Tecnologia, na forma a ser definida em ato daquele Ministério.

§9oPara fins do § 8o, as empresas beneficiadas pela Lei 8248, de 23 de outubro de 1991, poderão deduzir do montante previsto no § 7o as despesas efetivamente realizadas, no atendimento às exigências da referida Lei, observado o disposto no § 10.

§10.O disposto no § 9o aplica-se exclusivamente às despesas de mesma natureza das previstas no § 7o.

§11.A União compensará, mensalmente, o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à renúncia previdenciária decorrente da desoneração de que trata este artigo, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social.

§12.A renúncia de que trata o § 11 consistirá na diferença entre o valor da contribuição que seria devido, como se não houvesse incentivo, e o valor da contribuição efetivamente recolhido.

§13.O valor estimado da renúncia será incluído na Lei Orçamentária Anual, sem prejuízo do repasse enquanto não constar na mencionada Lei.

§14.O não-cumprimento das exigências de que tratam os §§ 6o e 7o implica a perda do direito das reduções de que tratam o caput e o § 5o, ensejando o recolhimento da diferença de contribuições com os acréscimos legais cabíveis.” (NR)

Art. 2oPara fazerem jus às reduções de alíquotas de que trata o art. 201-D do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3048, de 1999, as empresas, criadas a partir da publicação deste Decreto, deverão cumprir os mesmos prazos, em número de meses, citados nos incisos I, II e III do § 6o do referido art. 201-D.

Art. 3oFica sem efeito a revogação do Decreto 4827, de 3 de setembro de 2003.

Art. 4oEste Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos por cinco anos contados a partir do 1o dia do mês seguinte ao de sua publicação, em relação aos arts. 1o e 2o.

Brasília, 21 de agosto de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega
Carlos Lupi
José Pimentel
Sergio Machado Rezende

Este texto não substitui o publicado no DOU de 24.8.2009

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